Um homem de 34 anos foi detido em flagrante delito, no dia 11 de setembro, na sequência de várias situações de violência doméstica, que visaram a namorada, a cunhada, um militar da Guarda Nacional Republicana (GNR) e ainda duas outras pessoas, em Cascais.
O agressor e a vítima, que mantinham uma relação amorosa desde junho de 2025, residiam com as duas filhas menores da mulher, furto de um relacionamento anterior, de acordo com um comunicado emitido esta quarta-feira pelo Ministério Público (MP).
O organismo detalhou que o homem, que é "consumidor habitual de bebidas alcoólicas", agrediu a namorada com "duas bofetadas na face, fazendo com que esta caísse ao chão, ficando com muitas dores", no final do primeiro mês de namoro.
"Noutra ocasião, em finais de agosto, nas Festas do Mar, o arguido, que se encontrava acompanhado pela vítima, pelas filhas desta, e pela irmã daquela, começou a ser agressivo e a insultar a ofendida, por esta lhe ter dito que ele estava alcoolizado e continuava a beber em excesso", complementou.
Na altura, a irmã da vítima intercedeu, mas foi atingida com "uma cotovelada na boca, começando a mesma a sangrar". Duas outras pessoas tentaram impedir as agressões, mas foram afastadas e também elas agredidas pelo indivíduo, que "desferiu novamente uma bofetada na face da ofendida". Apesar de tê-la feito cair ao chão, continuou a bater-lhe, de acordo com o MP.
As agressões só pararam com a intervenção de agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP), que conduziram o homem à esquadra. Naquele dia, a mulher e as filhas abandonaram a residência, mas acabaram por regressar "em data não concretamente apurada".
Já a 11 de setembro, o sujeito, que estava "bastante alcoolizado, iniciou uma discussão e começou a insultar e a agredir violentamente a ofendida". "Quando esta tentou fugir de casa com uma das filhas ao colo, o arguido agarrou-a pelos cabelos, tendo aquela caído desamparada e a menor ficado por baixo do corpo da mãe", detalhou o MP.
Uma vizinha alertou a GNR, o que levou o homem a refugiar-se no sótão da habitação. Ao ser retirado do local, esmurrou um dos militares.
O suspeito, que ficou sujeito a prisão preventiva, está indiciado pela prática de quatro crimes de violência doméstica qualificados, um crime de resistência e coação sobre funcionário, um crime de ofensa à integridade física qualificada e dois crimes de ofensas à integridade física qualificadas.
O inquérito corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Núcleo de Cascais.
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