Em comunicado enviado à Lusa, a autarquia da Maia, no distrito do Porto, esclareceu que a situação provocou "a retenção de lamas neste processo, acabando estas por ser libertadas por onde devia sair, apenas, água tratada, o que contribuiu para a alteração da qualidade do efluente final".
A válvula de purga é uma componente que remove ou expulsa ar, gases, ou outros contaminantes do sistema, garantindo o bom funcionamento do sistema, explica na nota de imprensa a Câmara da Maia, garantindo que "em momento algum ocorreu 'bypass' de esgoto para o rio Leça, uma vez que não houve descarga de afluente bruto".
"O que foi encaminhado [para o rio Leça] corresponde a efluente final pré-tratado", sublinha o comunicado.
Na sequência da anomalia, acrescenta, "foram realizadas diversas manobras nos decantadores secundários para apurar a sua origem, confirmando-se a avaria numa das válvulas de purga", após o que a situação foi "imediatamente reportada pelos Serviços Municipalizados da Maia, entidade gestora da ETAR, à autoridade nacional da água, tendo sido efetuados todos os esforços para a sua resolução com a máxima urgência".
Os trabalhos de retoma do funcionamento destes órgãos tiveram início às 8h30 de hoje, lê-se ainda.
No comunicado, o município informa que a válvula "vai ser substituída" e que, enquanto decorrem as intervenções técnicas necessárias para reparar a avaria, "estão a ser adicionados coagulante e antiespuma ao processo de tratamento, de forma a minimizar os impactos e assegurar a melhor qualidade possível do efluente final".
O rio Leça nasce em Santo Tirso e, ao longo de 48 quilómetros, passa pelos concelhos de Valongo, Maia e Matosinhos, onde desagua no oceano Atlântico.
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