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Novo dossiê dos 50 anos do 25 de Abril dedicado aos "retornados"

Imagens da partida de "retornados" de Angola e Moçambique e a sua chegada a Portugal, acompanhadas de informação sobre a integração deste meio milhão de pessoas compõem o novo dossiê da Comissão dos 50 Anos do 25 de Abril.

Novo dossiê dos 50 anos do 25 de Abril dedicado aos "retornados"

© Horacio Villalobos#Corbis/Getty Images

Lusa
11/09/2025 11:35 ‧ há 1 dia por Lusa

Trata-se de um dossiê temático multimédia, com imagens e informação sobre o regresso dos portugueses que viviam nas ex-colónias portuguesas em África e que tiveram de regressar após a descolonização.

 

Dos cerca de meio milhão de "retornados", apenas 5% não eram provenientes de Angola e Moçambique e foi sobretudo a partir destes países que se registou uma das maiores pontes aéreas do mundo, sendo que alguns portugueses também regressaram de barco, conforme se explica neste documento.

As imagens e fotografias deste dossiê são acompanhadas de um texto de Morgane Delaunay, uma historiadora francesa especializada em história colonial e pós-colonial e investigadora de pós-doutoramento na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

O dossiê é dividido em cinco separadores, que contam a história deste regresso e as suas implicações: A saída de Angola e Moçambique, Portugal face à chegada dos retornados, alojar os retornados, a (re)integração económica dos retornados e as memórias do retorno.

Com imagens de arquivo da RTP, o dossiê apresenta reportagens da chegada dos primeiros refugiados vindos de Angola, a 22 de julho de 1975, e a forma como ficaram no Aeroporto de Lisboa, a par do apoio prestado por organizações, como a Cruz Vermelha Portuguesa.

E também sobre a espera em Luanda, com vários portugueses a testemunharem a sua intenção de voltarem a Angola, um país em que diziam acreditar.

A chegada de "retornados" por barco também faz parte dos registos deste documento, bem como a forma como foram alojados, com recurso a unidades hoteleiras e instituições como prisões, os apoios prestados pelo Estado português e como o tema foi tratado pelos partidos políticos, num processo revolucionário em curso.

"Com este dossiê sobre os retornados, procuramos dar visibilidade a um dos processos humanos mais significativos do pós-25 de Abril", afirmou a comissária executiva da Estrutura de Missão para as Comemorações do 50.º Aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974, Maria Inácia Rezola.

A historiadora considera que "revisitar estas histórias é essencial para compreender, não só a dimensão da descolonização, mas também o impacto que teve na sociedade portuguesa. Trata-se de um contributo para uma memória coletiva mais inclusiva, plural e crítica".

Leia Também: Êxodo afegão desde o Paquistão agrava-se: 78.000 retornados em 4 meses 

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