Setembro está aí e com ele - mais à frente - chega o outono, que já 'ameaça' algumas zonas. Para este fim de semana, por exemplo, a chuva vai deixar oito distritos sob aviso amarelo... mas e quanto às previsões para a próxima semana?
De acordo com uma análise feita pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a semana vai ser "condicionada" com a movimentação do anticiclone dos Açores.
"No início da semana, o anticiclone estará localizado a oeste do arquipélago dos Açores, permitindo a passagem de sistemas frontais de fraca atividade, tal que a precipitação deverá ficar a norte do sistema Montejunto Estrela, com baixa probabilidade de chegar ao Alentejo", começam por explicar os especialistas numa análise publicada esta sexta-feira.
"Ao longo da semana, o anticiclone irá deslocar-se para leste e estender-se em crista para o Golfo da Biscaia, criando um fluxo do quadrante norte, temporariamente de leste, sobre o território continental, bloqueando a passagem de novos sistemas e trazendo uma nova subida das temperaturas", detalha ainda o IPMA, acrescentando que "em termos semanais, a temperatura média ficará ainda assim abaixo do usual para este período do ano".
Desta forma, os especialistas alertam que a partir de quinta-feira, dia 11, "as temperaturas deverão subir e a temperatura máxima deverá variar entre 24°C e 32°C nas regiões do interior Norte e Centro, na região Sul variará entre 28°C e 34°C e nas zonas litorais teremos temperaturas máximas entre 22°C e 31°C.
"Quanto à temperatura mínima no território continental, esta deverá situar-se entre 9°C e 14°C nas regiões do interior Norte e Centro, entre 13°C e 15°C na região Sul, sendo que nas zonas litorais os valores deverão variar entre 14°C e 19°C", acrescentam os especialistas.
A chuva (e os avisos)
Numa outra nota, o IPMA alerta que oito distritos de Portugal continental vão estar entre sábado à noite e domingo de manhã sob aviso amarelo devido à chuva. A Proteção Civil emitiu alertas para medidas preventivas nas áreas afetadas pelos incêndios, lembrando que as primeiras chuvas são propícias a inundações em zonas urbanas, a cheias ou deslizamentos e derrocadas motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo.
A contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais é também uma preocupação da autoridade, assim como o arrastamento para as estradas de objetos soltos ou o desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.
O eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através de comportamentos adequados, recomendando-se medidas preventivas como desobstruir os sistemas de escoamento das águas e retirar inertes.
Uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e com especial cuidado acerca de lençóis de água nas vias, também deve ser adotada, destaca, avisando para que não se atravessem zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas, e se esteja atento às informações da meteorologia e indicações das autoridades.
Segundo o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR), o ano de 2025, até 31 de agosto, é o terceiro pior de sempre em termos de área ardida, com 17% dos grandes incêndios a começarem à noite.
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