Um homem de 49 anos foi detido, na tarde do dia 2 de setembro, por ser suspeito de ter burlado um jovem de 27 anos, que acusou de ter batido com a sua viatura na dele, na freguesia lisboeta de Santa Clara. Para o efeito, o sujeito “convenceu a vítima a pagar uma quantia monetária de forma a cobrir os ‘falsos danos’”, no valor de 15 euros.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) apurou que o homem "circulava com uma viatura na via pública com o fito de encontrar uma possível vítima". Nessa linha, abordou o jovem de 27 anos, que acusou de ter "batido com a sua viatura na dele".
"No seguimento do plano delineado pelo suspeito, este convenceu a vítima a pagar uma quantia monetária de forma a cobrir os ‘falsos danos’, neste caso no valor de 15 euros", detalharam as autoridades, num comunicado enviado esta quinta-feira às redações.
Apesar de o jovem não ter ficado convencido, dirigiu-se a uma caixa multibanco para levantar a quantia pedida, uma vez que tinha "medo de sofrer represálias".
Contudo, a vítima "abordou dois polícias que se encontravam em serviço de remunerado num supermercado, transmitindo-lhes os contornos da abordagem de que havia sido alvo".
Os agentes acionaram, assim, uma equipa de Investigação Criminal da PSP, que monitorizou e verificou a entrega do dinheiro ao suspeito. O homem foi intercetado e detido, pelas 19h00.
O dinheiro, por seu turno, foi apreendido e devolvido ao lesado.
O homem foi notificado para se apresentar em tribunal, mas não compareceu.
Esta foi uma ação do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da Divisão de Investigação Criminal.
Recorde-se que, de acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) relativo ao ano passado, a criminalidade violenta e grave aumentou 2,6% em relação a 2023, com 14.385 crimes registados. Ainda assim, a criminalidade geral desceu 4,6% ao registar 354.878 participações.
De facto, o documento realçou ter havido uma descida nas burlas (-66,4%), na condução sem habilitação legal (-28,4%) e na condução de veículo com taxa de álcool igual ou superior a 1,2 gramas por litro de sangue.
O RASI é elaborado pelo Sistema de Segurança Interna e aprovado no Conselho Superior de Segurança Interna, órgão interministerial de audição e consulta em matéria de segurança interna que é presidido pelo primeiro-ministro.
Além dos diretores das polícias e do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa e do Serviço de Informações de Segurança, fazem também parte deste órgão os ministros da Administração Interna, Presidência, Justiça, Defesa Nacional, Finanças e Obras Públicas, Transportes e Comunicações e o Procurador-Geral da República.
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