Luís Montenegro fez uma declaração à comunicação social, sem direito a perguntas, no final da reunião do Conselho de Ministros, ao lado do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, que participou na parte final do encontro, a convite do primeiro-ministro.
Os dois envergavam gravata preta e falaram lado a lado na Sala da Lareira, na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa.
"É com profunda tristeza e consternação que me dirijo a todos nesta hora difícil. Ontem, Portugal foi abalado por um terrível acidente com o descarrilamento do elevador da Glória no coração de Lisboa. Esta é uma das maiores tragédias humanas da nossa história recente", afirmou Montenegrodirigindo-se diretamente aos portugueses.
Em nome do Governo português, deixou uma palavra às vítimas e famílias, nacionais e estrangeiras, e desejou uma rápida e total recuperação aos feridos.
"Neste momento de dor, nenhuma palavra será suficiente para apaziguar a vossa perda nem para preencher o vazio que se abriu com quem partiu. Mas quero que saibam, em nome do Estado português, que não estão sozinhos e que o país inteiro partilha a vossa dor", disse.
Montenegro assegurou que o Governo está, "desde a primeira hora", a acompanhar a evolução da situação e a resposta, "sempre mantendo um contacto permanente" com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, destacando a coordenação entre vários departamentos do Ministério da Administração Interna, do Ministério da Saúde, do Ministério da Justiça, do Ministério das Infraestruturas e Habitação e do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
O primeiro-ministro justificou o convite a Carlos Moedas para o Conselho de Ministros para fazerem "um ponto de situação" e também para lhe transmitir "a solidariedade e apoio de todo o Governo".
"Não posso deixar de prestar nesta ocasião o meu profundo agradecimento e reconhecimento a todas as entidades envolvidas no socorro às vítimas", disse, detalhando as várias autoridades que prestaram auxílio, entre bombeiros, proteção civil, forças de segurança ou hospitais.
O Governo decretou um dia de luto nacional, que se cumpre hoje. Já a Câmara de Lisboa decretou três dias de luto municipal, entre hoje e sábado.
[Notícia atualizada às 14h11]
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