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Descarrilamento: CML exige à Carris "investigação externa independente"

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), disse hoje que pediu à empresa municipal Carris para que seja realizada "uma investigação externa independente", além do inquérito interno, para apurar as responsabilidades do descarrilamento do elevador da Glória.

Descarrilamento: CML exige à Carris "investigação externa independente"

© Lusa

Lusa
04/09/2025 13:41 ‧ há 16 horas por Lusa

País

Câmara de Lisboa

O autarca de Lisboa falava na residência oficial do primeiro-ministro, numa declaração curta aos jornalistas pelas 13h20, sem responder a questões, após participar na reunião do Conselho de Ministros, a convite do chefe do Governo, Luís Montenegro (PSD), que começou cerca das 11h30.

 

"Tudo o que se possa dizer neste momento é mera especulação. A cidade precisa de respostas. Sou, em nome dos lisboetas, o primeiro interessado em que tudo, tudo, seja apurado", afirmou Carlos Moedas, referindo que pediu ao presidente da Carris que, além de uma investigação interna, abrisse "uma investigação externa independente que apure todas as responsabilidades no mais curto espaço de tempo".

O presidente da câmara sublinhou que, neste momento, a prioridade é acompanhar as famílias: "Quero aqui garantir que a empresa responsável [Carris] dará todo o apoio às famílias".

"A minha preocupação está com as vítimas, os feridos nos hospitais, as famílias que perderam os seus entes queridos. Não há palavra para tamanha dor", reforçou.

Sobre a participação na reunião do Conselho de Ministros, Carlos Moedas adiantou que serviu para informar o Governo da situação sobre o acidente no elevador da Glória, que ocorreu na quarta-feira e provocou 16 mortos e cerca de duas dezenas de feridos, considerando que "é um acidente sem precedentes".

O encontro no dia em que o país cumpre um dia de luto nacional pelas vítimas deste acidente serviu ainda para o autarca de Lisboa pedir ao Governo "apoio e celeridade na investigação", num momento em que estão a ser recolhidas todas as informações para poder apurar responsabilidades.

Carlos Moedas lembrou que ainda na quarta-feira à noite decretou três dias de luto municipal e mandou suspender "de imediato" as operações dos ascensores da Bica e do Lavra e do funicular da Graça para os equipamentos serem inspecionados: "Uma vistoria imediata está a ser feita e só voltarão a funcionar depois desta".

"Irei convocar uma reunião da Câmara Municipal de Lisboa na segunda-feira, com este ponto único na agenda", adiantou.

O autarca de Lisboa agradeceu ao Governo o apoio prestado, assim como o trabalho das equipas municipais e nacionais, "que chegaram ao local em escassos minutos depois do acidente, que trabalharam de forma absolutamente extraordinária e em coordenação total".

Esse agradecimento foi estendido aos colegas autarcas, em especial na região de Lisboa, que imediatamente se disponibilizaram para ajudar, aos chefes de Estado e do Governo e autarcas de vários países da Europa, ao presidente do Conselho Europeu, à presidente da Comissão Europeia e à presidente do Parlamento Europeu, que o contactaram na sequência deste acidente.

"Este é o momento de respeitar as vítimas mortais e as suas famílias. É o momento de cuidar dos feridos. Eu estarei sempre ao lado dos lisboetas nos bons e nos maus momentos", expressou Carlos Moedas, numa breve declaração em que começou por dizer que "hoje é mais um dia de luto para Lisboa, para os lisboetas".

O ascensor da Glória, composto por duas cabines elétricas motorizadas sincronizadas por cabo, descarrilou ao final da tarde de quarta-feira, tendo provocado a morte de pelo menos 16 pessoas e causado ferimentos em cerca de duas dezenas de cidadãos, de várias nacionalidades.

O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.

[Notícia atualizada às 14h10]

Leia Também: AO MINUTO: Montenegro fala em 16 mortos; Anunciada "investigação externa"

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