Foi criado um perímetro de segurança e no local, além dos jornalistas, muitos dos quais estrangeiros, encontram-se elementos da PSP, Sapadores de Bombeiros, Instituto Nacional de Emergência Médica, Proteção Civil, Polícia Judiciária e Polícia Municipal.
O ascensor acidentado ainda se encontra no local, junto ao prédio onde embateu.
Abel Esteves disse à agência Lusa que estava com a mulher e uma outra pessoa no elétrico que iria subir para o Bairro Alto. "Éramos só três portugueses naquele elétrico, o resto era tudo estrangeiro. Ia para casa com a minha mulher, moro no Bairro Alto", contou.
Segundo esta testemunha, que fez o relato com voz embargada e lágrimas nos olhos, o seu elétrico arrancou, andou "três ou quatro metros e depois ouviu-se um estrondo. Pensei que ia morrer".
Viu que o elevador que vinha a descer tinha embatido num prédio e, se tal não tivesse acontecido, o número de mortes teria sido ainda maior.
"Se não tivesse ficado na curva, morríamos todos", sublinhou.
São também muitos os curiosos que se encontram no local a relatar para o telemóvel na mão o que veem no local do acidente.
O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 17 mortos e 21 feridos, entre portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades.
Entre os 17 mortos, 15 foram confirmados no local do acidente e dois morreram nos hospitais para onde tinham sido transportados.
O Governo decretou um dia de luto nacional, nesta quinta-feira.
O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.
Veja as imagens na galeria acima.
Leia Também: AO MINUTO: Número de vítimas mortais sobe para 17; Há 21 feridos