"Colocámos todos os professores que as escolas nos solicitaram. Temos ainda algumas situações pontuais, que vão surgindo por desistência de professores ou por situações de saúde, mas temos condições para iniciar o novo ano letivo com todos os professores e todas as respostas dadas às escolas", disse Jorge Carvalho.
O governante, que cessa funções em 12 de setembro, data a partir da qual iniciará as atividades como cabeça de lista à Câmara Municipal do Funchal pela coligação PSD/CDS-PP, falava no âmbito de uma cerimónia que assinalou a abertura ano letivo na Escola Básica e Secundária com Pré-Escolar e Creche D. Lucinda Andrade, no concelho de São Vicente, na costa norte da ilha.
"As maiores dificuldades ao nível de professores são nas disciplinas de Português, Inglês e Filosofia", explicou, indicando que o sistema regional dispõe de 5.800 professores para o ano letivo 2025/2026, aos quais se juntam 313 docentes contratados.
"Estas situações são dinâmicas e resultam não só da formação de professores, mas também das ofertas e procura dos alunos nas opções que podem realizar", disse, para logo acrescentar: "Temos sempre a possibilidade de nos socorrermos de ofertas públicas, ou seja, pessoas licenciadas que querem lecionar".
O ano letivo 2025/2026 na Região Autónoma da Madeira conta também com cerca de 4.000 funcionários não docentes.
Dos 38.000 alunos inscritos, aproximadamente menos 1.900 do que no ano anterior, cerca de 10.000 frequentam estabelecimentos de ensino privado, com os quais o Governo Regional (PSD/CDS-PP) assina anualmente contratos de apoio financeiro na ordem dos 35 milhões de euros.
"A generalidade desses estabelecimentos integra crianças em idades mais precoces, essencialmente creches, jardins-de-infância e escolas do 1.º ciclo", explicou, adiantando que, na globalidade, o Orçamento da Secretaria Regional da Educação, Ciência e Tecnologia ronda os 500 milhões de euros e o grosso é canalizado para a área do ensino.
Jorge Carvalho sublinhou, por outro lado, que o projeto dos manuais digitais, iniciado na região em 2019, fica concluído no letivo 2025/2026, passando a abranger todos os níveis entre o 5.º e o 12.º anos.
"Está tudo preparado para que efetivamente os alunos recebam os equipamentos e os respetivos manuais já integrados a tempo e horas", afirmou.
Entre os cerca de 160 estabelecimentos de ensino da Região Autónoma da Madeira, a Escola Básica e Secundária com Pré-Escolar e Creche D. Lucinda Andrade, em São Vicente, foi a única alvo de fusão este ano, passando a integrar todos os ciclos ministrados no concelho, da creche ao secundário, num total de 610 alunos e 112 professores, distribuídos por seis edifícios nas três freguesias do município: Boaventura, Ponta Delgada e São Vicente.
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