Os Bombeiros Voluntários de Ílhavo ajudaram, durante a madrugada desta segunda-feira, uma mulher a dar à luz numa ambulância durante o percurso para o hospital.
"Esta madrugada fomos acionados para uma jovem mãe que se encontrava em trabalho de parto", lê-se na publicação feita no Facebook dos bombeiros.
A mesma nota refere que "para o local deslocou-se uma ambulância de socorro com dois tripulantes que, posteriormente, receberam o apoio da viatura médica do hospital Infante D. Pedro, em Aveiro.
"Tanto o bebé como a mãe encontram-se bem de saúde", acrescenta.
De acordo com o Jornal de Notícias (JN), a ambulância dirigia-se para uma das maternidades de Coimbra, uma vez que as urgências de Obstetrícia e Ginecologia do hospital de Aveiro estavam encerradas. A mulher, que já estava em trabalho de parto, não conseguiu chegar à maternidade e o parto acabou por ser feito já na cidade de Coimbra.
"Não está relacionado com fecho de urgências"
De recordar que, recentemente, o diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Álvaro Almeida, admitiu que houve um "ligeiro" aumento de partos em ambulâncias, porém defendeu que este tipo de situações "não estão diretamente relacionadas com o encerramento de urgências".
"Há, de facto, um aumento ligeiro do número de partos fora do domicílio e dos hospitais, cerca de mais seis este ano face ao ano anterior, mas que não corresponde, ou que não está diretamente relacionado, com os encerramentos de urgências. Isso porque o número de encerramentos é menor este ano do que foi o ano passado", afirma, em entrevista à SIC Notícias, garantindo que, no entanto, o Executivo já está "a analisar cada um dos 56 casos" que têm conhecimento, para "tentar perceber porque é que há esse pequeno aumento este ano".
Para o responsável, "são poucos casos em valor absoluto, o que significa que cada um terá uma especificidade". "Estamos a tentar encontrar um padrão, linhas comuns, que nos permitam atuar e corrigir determinadas matérias", afiança.
O diretor-executivo do SNS lamenta a situação, contudo realça que, "em determinados casos, a situação desenvolve-se com uma rapidez tal que nunca seria possível responder", não deixando de reconhecer que, "noutros casos, poderá estar em causa algumas dificuldades no processo de resposta".
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