Numa comunicação à população divulgada hoje, este município do distrito de Évora dá conta de que, "na noite passada, a cidade de Reguengos de Monsaraz foi abalada por um episódio grave de violência".
De acordo com a autarquia, cinco homens vandalizaram "por completo um estabelecimento local" e causaram "ferimentos a um jovem".
Trata-se de "um ato inadmissível, que deixou a população em alerta e exige muito mais do que palavras: exige ação firme, determinada e responsável", argumenta a câmara, no comunicado, assinado pela presidente Marta Prates.
A autarquia revela que o executivo vai apresentar na próxima reunião de câmara, em 03 de setembro, uma moção dirigida ao Governo com três exigências: reforço imediato dos efetivos da GNR no concelho, instalação de um sistema de videovigilância nas zonas mais críticas da cidade e avaliação da criação de uma polícia municipal, como solução estrutural e preventiva.
Em declarações à agência Lusa, a presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz referiu que, na quarta-feira à noite, "por volta das 22h00", um restaurante e bar de sushi da cidade "muito conhecido e onde vai muita gente" foi alvo de destruição causada por cinco homens.
"Estavam a beber bebidas alcoólicas no bar e queriam continuar, mas foi-lhes dito que o bar iria fechar e partiram aquilo tudo, atingindo até um jovem na cabeça com uma cadeira, que teve de ir para o hospital", relatou.
A autarca disse que vai reunir-se hoje à tarde com o responsável da Proteção Civil Municipal, o comandante do destacamento territorial e do posto de Reguengos de Monsaraz da GNR e a Junta de Freguesia para, em conjunto, "analisarem esta situação".
"Sei que a GNR foi chamada ao local, mas não sei se houve detenções ou não. Só tenho ainda a versão do proprietário do restaurante e bar que, por causa do sucedido, não tenciona reabrir o estabelecimento", acrescentou.
Também em declarações à Lusa, uma pessoa que testemunhou a rixa, mas que pediu para não ser identificada por temer represálias, confirmou que "os proprietários já não querem reabrir, porque não é a primeira vez que acontecem desacatos" no estabelecimento.
"Quatro dos homens estavam a beber na esplanada e um outro veio ao bar pedir mais bebida. Quando lhe foi dito que ia encerrar, ameaçou pegar fogo ao espaço e cuspiu na cara da pessoa do bar, que o empurrou", relatou.
A partir daí, "os outros partiram a porta e os vidros para entrarem e deu-se um processo de uns 10 ou 15 minutos em que aquilo parecia que não tinha fim, era destruírem tudo, pancadaria e a família do restaurante e bar foi ajudada por amigos e familiares", contou.
Tudo perante "os clientes do restaurante de sushi que estavam a jantar, incluindo 12 crianças", salientou, acrescentando que, apesar de a destruição ter sido "mais no bar", o facto de toda a gente ter assistido "a tudo não foi agradável, nem seguro".
A Lusa tentou, ao longo da manhã, falar com o oficial de relações públicas do Comando Territorial de Évora, mas não foi possível até ao momento.
Leia Também: Preventiva para detidos no Alentejo: Criança e mulher vítimas de violação