O Conta Lá - https://conta-la.pt/ - arranca com uma operação especial autárquicas, que envolve cerca de 100 pessoas no território continental, com quatro carros de exteriores e oito equipas.
Durante 15 dias serão realizados 278 debates, que serão gravados de 01 a 16 de setembro, a emitir a partir de 05 de setembro.
"Vamos lançar pela primeira vez na história da democracia portuguesa um canal de televisão que se vai propor a ouvir todos os candidatos de todos os concelhos do Portugal continental, de todos os partidos, desde tenham assento na Assembleia Municipal", conta à Lusa Ana Sofia Vinhas.
Um debate por autarquia em todos os municípios de Portugal Continental.
"Posso dizer que domingo à noite arranco para o Algarve" para fazer a operação em Faro, diz, manifestando-se "muito empenhada, com muita vontade e disponível essencialmente para contar histórias, que é a base deste canal".
"Há uma vasta equipa que vai para o terreno, vamos percorrer todos os concelhos e fazer debates com todos os candidatos", prossegue, apontando que vai estar no Algarve, Alto Alentejo e Baixo Alentejo.
O Conta Lá é um canal de televisão distribuído em multiplataformas, incluindo Meo, NOS e Vodafone Portugal.
Percorrer o país "não é só agora porque há eleições autárquicas, até porque o país que nos interessa ultrapassa a esfera da política e do debate político. O país que interessa são as pessoas que lá vivem, portanto, percorrer o país [continental] vai ser sempre", sublinha a jornalista.
"O Conta Lá vai nascer para dar voz às regiões e mostrar o país real, com verdade, proximidade e ambição", afirma à Lusa o presidente da Comissão Executiva (CEO) do projeto, Sérgio Figueiredo.
"Seremos um canal nacional, mas contamos Portugal a partir de cada terra, de cada sotaque, de cada pessoa", detalha.
"Estamos a construir uma televisão de proximidade com a força da tecnologia e da inteligência artificial - um media do futuro ao serviço das pessoas", acrescenta Sérgio Figueiredo.
Sobre o seu regresso ao jornalismo, Ana Sofia Vinhas sublinha que o Conta Lá defende um "jornalismo do futuro, que é um jornalismo que procura soluções, é o jornalismo da empatia, que quer pôr o pé, o corpo, a alma toda no território, no terreno, essa visão diferente de contar uma história".
"Acho que é a grande vantagem de participar num projeto que nasceu e que está a ser construído", salienta, onde há uma "visão diferente da proximidade, sempre com o tom ou com o toque da inovação, que é inevitável num canal que vai ser lançado agora".
E essa "proximidade foi o que me cativou mais no projeto", reforça Ana Sofia Vinhas.
"Não nos devemos lembrar do território só quando ele arde", mas "lembrar do território sempre", defende, referindo que é preciso ouvi-lo.
Ouvir o território "é o grande propósito do Conta Lá, que é nada menos do que uma multiplataforma para contar Portugal", remata.
"Acredito muito que este projeto Conta Lá, que é Contar Portugal, pode tornar-se claramente num grande motor de desenvolvimento do próprio país", considera Ana Sofia Vinhas.
A jornalista vai ser um dos rostos do canal e fazer reportagens.
O Conta Lá tem cinco acionistas do norte ligados à tecnologia, sendo que os de referência são Luís Paulino Santos e Luís Fernandes.
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