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LBP quer "estudo de legislação" do setor e pede audiência a Montenegro

A Liga dos Bombeiros solicitou audiências com o Governo e com o presidente da Assembleia da República e mostrou-se disponível para colaborar numa avaliação "do que correu bem e correu mal durante esta primeira fase do combate aos incêndios".

LBP quer "estudo de legislação" do setor e pede audiência a Montenegro

© Global Imagens

Carmen Guilherme com Lusa
26/08/2025 19:41 ‧ há 11 horas por Carmen Guilherme com Lusa

País

LBP

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), António Nunes, anunciou, esta terça-feira, que vai pedir uma audiência com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o Governo para propor a criação de uma unidade de missão "para o estudo de toda a legislação do setor". 

 

Em declarações aos jornalistas em Belém, depois de ser recebido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, António Nunes começou por adiantar que a LPB vai solicitar uma audiência ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, demonstrando assim "a disponibilidade para participar e estar presente em todos os fóruns que sejam necessários para aprender o que correu bem e o que correu mal durante esta primeira fase do combate aos incêndios florestais".

"Estamos completamente disponíveis para prestar o nosso apoio", frisou.

Posteriormente, revelou que será também pedida uma audiência ao primeiro-ministro. "Vamos pedir também uma audiência ao senhor primeiro-ministro, ao Governo, no sentido de reafirmar um conjunto de iniciativas que nós precisamos de ver consignadas", anunciou, referindo-se, especificamente, ao "subfinanciamento crónico" das associações humanitárias, à "criação de uma carreira e de um estatuto remuneratório para os bombeiros voluntários com contratos de trabalho nas associações humanitárias" e à questão do "estatuto social do bombeiros". 

Segundo António Nunes, será também proposta a criação de uma unidade de missão. 

"Vamos propor ao Governo que possa considerar a criação de uma unidade de missão para o estudo de toda a legislação do setor dos bombeiros - ela é dispersa, vem desde 2007, precisa de ser reformada e nós estamos disponíveis para contribuir positivamente para essa reforma", adiantou.

Por fim, deixou uma mensagem de solidariedade a todos os bombeiros, lamentando aqueles que perderam a vida ou ficaram feridos no combate aos incêndios. De acordo com o presidente da LBP, há "um deles, pelo menos, num estado ainda crítico". "Transmitir esta solidariedade e agradecer ao senhor Presidente da República a audiência", completou.

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Os fogos provocaram quatro mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual dispõe de dois aviões Fire Boss, um helicóptero Super Puma e dois aviões Canadair.

Segundo dados oficiais provisórios, até 23 de agosto arderam cerca de 250 mil hectares no país, mais de 57 mil dos quais só no incêndio que teve início em Arganil.

[Notícia atualizada às 19h55]

Leia Também: Governo desconsiderou organizações e não tem "vontade" de evitar fogos

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