É preciso refletir sobre Proteção Civil, mas momento "não é oportuno"

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, admitiu hoje a necessidade de uma reflexão sobre o atual sistema de Proteção Civil e da sua capacidade operacional, mas considerou que agora não é o momento oportuno, porque ainda há operacionais no terreno.

Luis Montenegro, Portugal's prime minister, during his inauguration ceremony at Ajuda Palace in Lisbon, Portugal, on Tuesday, April 2, 2024. Montenegro called on opposition lawmakers to be open to discussions with his center-right minority government, whi

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Lusa
21/08/2025 21:59 ‧ há 2 horas por Lusa

País

Incêndios

Em conferência de imprensa após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, em Viseu, Luís Montenegro foi questionado sobre a reorganização operacional da Proteção Civil ao nível da divisão territorial do sistema de comando e a possibilidade de o Estado ter uma frota de meios aéreos próprios.

 

"As duas questões são muito pertinentes. A primeira, de resto, tem uma presença literal no programa do Governo", garantiu.

No que respeita à segunda, o primeiro-ministro disse que encerra uma reflexão sobre "o sistema de Proteção Civil e da sua capacidade operacional".

"Mas, francamente, numa altura onde esse sistema está em pleno funcionamento, onde os operacionais estão a cumprir a tarefa de o protagonizar em defesa e proteção da nossa segurança, da nossa vida e do nosso património, não é oportuno, e eu não vou aqui violar esse meu princípio, de estar nesta ocasião a promover essa discussão", justificou.

Luís Montenegro reconheceu que deve ser feita uma avaliação sobre o sistema atual, "a forma como ele pode gerar ou não melhor coordenação, melhor capacidade operacional, como é que pode evitar mais eventos ou a dimensão dos mesmos".

"Tudo isso deve ser alvo de um aprofundamento para depois o poder político e legislativo poder decidir", defendeu.

O primeiro-ministro referiu que o número de ocorrências entre 01 e 20 de agosto teve um crescimento de 65% face ao período homólogo de 2024.

"Tivemos 1.902 ocorrências, o que representa um acréscimo de 753 face às 1.149 que tínhamos tido. Ou seja, o desafio foi de forma muito significativa superior no número de ocorrências", sublinhou.

Segundo Montenegro, face à severidade meteorológica, ao aumento do número de ocorrências e aos dias seguidos de incêndios, foi preciso "mobilizar operacionais em concreto para tarefas no terreno, num quantitativo que foi superior em 129%".

"Portanto, enviámos para teatros de operações mais 129% de operacionais do que aquilo que tínhamos mandado nos mesmos 20 dias há um ano", afirmou.

No que respeita ao empenho de meios aéreos, o primeiro-ministro disse que "é uma questão que está sempre em permanência no debate sobre o dispositivo", mesmo com os condicionamentos operacionais.

"Temos um quadro de meios aéreos que é ligeiramente superior ao que tínhamos o ano passado, mas o trabalho que eles realizaram foi superior em 210% àquele que tinha sido realizado há um ano", realçou.

[Notícia atualizada às 22h15]

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