A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) informou, esta quinta-feira, que o medicamento Spevigo (spesolimab) obteve autorização para ser utilizado em meio hospitalar, nomeadamente, no tratamento em monoterapia de exacerbações da psoríase pustulosa generalizada (PPG) em doentes adultos.
O relatório público da avaliação pode ser consultado na página do Infarmed dedicada ao financiamento ou através desta ligação
Face à consulta do documento, é possível perceber que a 'luz verde' foi dada no passado dia 6 e que o medicamento em avaliação corresponde a uma "dose única de 900 mg (2 frascos para injetáveis de 450 mg) administrada como perfusão intravenosa."
"Se os sintomas da exacerbação da PPG persistirem pode ser administrada uma dose adicional de 900 mg uma semana após a dose inicial", detalha o Infarmed.
No mesmo documento, os especialistas dão conta da doença em questão, começando por falar da psoríase, que é uma "doença dermatológica comum caracterizada pelo aparecimento de placas descamativas e eritematosas, tendo um largo espectro de apresentações".
Quanto à PPG, esta consiste "num subtipo menos frequente, que se caracteriza por intensa infiltração granulocítica na epiderme que evolui para aparecimento de pústulas estéreis".
Explica o Infarmed que este subtipo pode ter uma apresentação "aguda ou subaguda que surge em áreas de pele eritematosa” e que esta é uma froma de psoríase que afeta “primariamente adultos, mas pode igualmente surgir em idade pediátrica".
"Pode ocorrer de forma independente, mas também em associação, a outras formas de psoríase pré-existente", explicam.
No documento está detalhado como foi feito o estudo e os resultados, podendo estes ser consultados nas últimas página. Numa das tabelas, por exemplo, a da página 32, considera-se que em termos de 'Pele limpa ou quase limpa por escala validada' as observações dão conta de que houve "significado estatístico'.
"De acordo com os resultados da avaliação farmacoterapêutica e da avaliação económica, e após negociação de melhores condições para o Serviço Nacional de Saúde, admite-se a utilização do medicamento em meio hospitalar, tendo em atenção as características específicas do medicamento e da doença em causa, bem como do respetivo impacto orçamental", concluem os especialistas.
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