As autoridades espanholas intercetaram, na segunda-feira, uma lancha pneumática com bandeira portuguesa, que se encontrava a pescar ilegalmente nas águas protegidas do Parque Nacional Marítimo-Terrestre das Ilhas Atlânticas da Galiza. Os dois tripulantes foram identificados.
O governo regional da Galiza desencadeou uma operação de vigilância na sequência de um alerta que dava conta da “presença de uma embarcação ancorada a sudeste do ilhéu de A Herbosa, nas proximidades de Sálvora”, de acordo com um comunicado emitido na terça-feira.
“Agentes do parque destacados neste arquipélago dirigiram-se ao local indicado, onde localizaram a referida embarcação numa pequena enseada de águas pouco profundas, com dois ocupantes: um a bordo e outro a praticar pesca submarina com chumbos e um arpão”, detalhou a nota.
As autoridades procederam, assim, “à identificação das duas pessoas”, tendo verificado que os tripulantes “não tinham qualquer autorização ou licença para estar na zona”.
O arpão foi apreendido e foi emitido um auto de contraordenação. Entretanto, a direção do parque anunciou que foi acionado “o processo sancionatório contra os dois indivíduos identificados, em aplicação do Plano Diretor de Uso e Gestão (PRUX) aprovado em 2018 e da Lei 30/2014 de Parques Nacionais”.
“Ambas as normas estabelecem claramente a proibição da caça e da pesca desportivas neste tipo de ambientes, uma vez que são consideradas atividades incompatíveis com a preservação dos seus valores naturais”, lê-se.
Composto pelos arquipélagos de Cíes, Ons, Sálvora e Cortegada, o Parque Nacional Marítimo-Terrestre das Ilhas Atlânticas da Galiza é “um dos enclaves de maior valor ecológico e paisagístico” daquela região, tendo “ecossistemas marinhos e terrestres de alta sensibilidade”.
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