"Todos estão com os meios empenhados e com o combate a decorrer conforme o plano de ação estabelecido. Esperamos nas próximas horas ter uma informação mais favorável", realçou o comandante José Miranda, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, num balanço pelas 23:15 de terça-feira.
O incêndio no concelho de Trancoso, distrito da Guarda, mobilizava o maior número de meios, com 547 operacionais, apoiados por 190 viaturas, seguido do fogo de Sirarelhos, na serra do Alvão, Vila Real, que já esteve em conclusão e reativou por duas vezes e mobilizava agora 496 operacionais e 163 viaturas.
O fogo em Tabuaço, distrito de Viseu, ativo desde a madrugada de segunda-feira, tinha no terreno 225 operacionais, apoiados por 76 meios terrestres, e de acordo com o balanço da Proteção Civil pelas 20:00 mantinha uma frente ativa de difícil acesso.
Sobre as novas ocorrências, José Miranda explicou que deflagrou na terça-feira à noite em Casal da Serra, concelho da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, um incêndio que mobilizava quase 100 operacionais e 25 viaturas, sendo que o combate às duas frentes estava a evoluir favoravelmente.
No Alentejo, deflagrou pelas 16:42 de terça-feira um fogo no concelho de Santiago do Cacém, distrito de Setúbal, que tinha no local pelas 23:30, mais de 360 operacionais e 127 meios terrestres, a combaterem as três frentes que progrediam "com alguma intensidade".
O comandante sub-regional da Proteção Civil, Tiago Bugio, referiu à estação Sic Notícias, pelas 22:15, que as três frentes estavam a ceder aos meios de combate.
Em Cuba, distrito de Beja, um fogo que começou pelas 16:21 mantinha no terreno 144 operacionais e 51 viaturas.
Também entre as ocorrências significativas, mas já com os incêndios em fase de rescaldo, mantinham-se 283 operacionais no terreno no fogo que começou no domingo em Sobral de São Miguel, concelho da Covilhã.
Em Moimenta da Beira, distrito de Viseu, o incêndio que começou em Alvite na madrugada de sexta-feira e estava em resolução teve um reacendimento na terça-feira, já resolvido, entrando o fogo em fase de resolução.
O Governo anunciou na terça-feira que vai prolongar a situação de alerta, que estava em vigor até quarta-feira, até ao final do dia da próxima sexta-feira, devido ao risco agravado de incêndio rural.
A renovação da situação de alerta tem como base dois motivos principais: a continuação de temperaturas elevadas em todo o país para os próximos dias e a diminuição de ignições devido às proibições determinadas.
Entre as medidas em vigor estão a proibição de acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais, de acordo com os Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, bem como a realização de queimas e queimadas, ficando igualmente suspensas as autorizações emitidas para esse período.
A situação de alerta implica também a proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais e rurais com o recurso a maquinaria e o uso de fogo de artifício e outros artefactos pirotécnicos. Neste caso, também as autorizações já emitidas ficam suspensas.
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