Proteção Civil eleva nível de prontidão a partir de domingo

ANEPC irá "elevar o estado de prontidão especial" do dispositivo de combate a incêndios "para nível quatro a partir do próximo dia 10".

Pedrogão Grande incêndios

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Lusa
08/08/2025 20:03 ‧ ontem por Lusa

País

Incêndios

A Proteção Civil registou hoje 59 ocorrências de incêndios rurais, mobilizando 1.679 operacionais, mas prepara-se para elevar para o nível máximo de prontidão operacional entre domingo e terça-feira, devido à prevista "complexidade significativa" das condições meteorológicas.

 

O comandante nacional de emergência e proteção civil, Mário Silvestre, informou que, entre as 00:00 e as 17:00 de hoje, no território continental, foram registadas "59 ocorrências, 13 das quais em período noturno", que "estão a empenhar 1.679 operacionais, 443 meios terrestres e houve 96 missões realizadas com meios aéreos".

"No dia de ontem [quinta-feira], realçar que o dispositivo de combate a incêndios teve uma taxa de sucesso de 94%, ou seja das 67 ocorrências, 63 ficaram resolvidas dentro dos primeiros 90 minutos", destacou.

O responsável operacional, que fazia pelas 19:00 o ponto da situação na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide (Oeiras), referiu que nessa altura existiam "quatro ocorrências que têm mais alguma preocupação", localizadas em Figueira de Castelo Rodrigo, Ribeira de Pena, Moimenta da Beira e Marco de Canavezes.

Em Vale das Loiras, Figueira de Castelo Rodrigo, um incêndio "algo complexo" desenvolve-se em zona de fronteira, e ao abrigo do protocolo transfronteiriço com Espanha encontram-se "meios espanhóis também a trabalhar neste teatro de operações", descreveu Mário Silvestre.

O incêndio de Alvadia, em Ribeira de Pena, ocorre "numa zona de serra", com "alteração constante do regime de ventos" e escassez "de acessos para os meios trabalharem", mas a ocorrência que "preocupa mais" decorre em Moimenta da Beira, em zona de planalto e serra, com "falta de acessos e, por isso, também com bastante complexidade do ponto de vista da movimentação dos meios terrestres".

Outra ocorrência significativa é Vila Boa de Quires, em Marco de Canavezes, Tâmega e Sousa, mas que para já "tem uma situação bastante estabilizada".

Nestes quatro incêndios, estavam empenhados 582 operacionais, 162 veículos e 22 meios aéreos, apontou.

No âmbito da declaração de situação de alerta, prolongada até dia 13, quarta-feira, o nível de prontidão especial mantém-se em três, numa escala de quatro, mas Mário Silvestre adiantou que, face à análise das "condições meteorológicas previstas para os próximos dias", a ANEPC irá "elevar o estado de prontidão especial" do dispositivo de combate a incêndios "para nível quatro a partir do próximo dia 10".

O aumento do estado de prontidão para o nível máximo a partir das 00:00 de domingo prolongar-se-á até às 23:59 de dia 12, com vista ao reforço de pré-posicionamento de meios face à previsão de uma "complexidade significativa" das condições meteorológicas nesse período, explicou o comandante nacional da ANEPC.

Em fase de conclusão, vigilância e resolução a ANEPC registava 39 ocorrências, com 740 operacionais empenhados, 222 veículos e dois meios aéreos.

O comandante nacional salientou não haver "qualquer vítima a registar" e o bombeiro que na quinta-feira foi assistido "já teve alta", acrescentou.

Mário Silvestre confirmou que hoje "foi um dia com menos ignições e com mais espaço", facilitando a mobilização dos meios, e, em relação à redução de deflagrações no período noturno, considerou que se deve "à pró-atividade e à capacidade que a população portuguesa tem de perceber o problema" das condições meteorológicas, alterando o comportamento e "proporcionado uma redução dessas ignições".

Durante a situação de alerta estão em vigor medidas de caráter excecional, designadamente proibição de "acesso a zonas florestais definidas nos planos municipais", de "queimadas e queimas de sobrantes agrícolas (mesmo as já autorizadas)", de "fogo de artifício, independentemente de licença", e "interditos trabalhos com máquinas em espaços florestais e rurais", por exemplo corta-matos e motorroçadoras.

Leia Também: Reforçados meios para fogo na serra do Alvão em Ribeira de Pena

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