"O Governo português está profundamente preocupado com o novo plano do Governo de Israel de ocupação de Gaza", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), num comunicado divulgado na rede social X.
Para o executivo, a decisão do Governo de Benjamin Netanyahu "põe em causa os esforços para o cessar-fogo e agrava a tragédia humanitária" na Faixa de Gaza, onde vivem mais de dois milhões de palestinianos.
O plano, refere ainda o comunicado do ministério liderado por Paulo Rangel, "deve ser suspenso, dar lugar a um cessar-fogo, à libertação dos reféns e à entrada urgente de ajuda".
O gabinete de segurança de Israel aprovou hoje de madrugada uma proposta do primeiro-ministro israelita para a ocupação militar da cidade de Gaza, no norte do enclave.
O plano, que previa inicialmente a ocupação de toda a Faixa de Gaza, foi de imediato criticado por familiares de reféns israelitas, pela Autoridade Nacional Palestiniana e por vários governos.
Trata-se de uma nova fase da ofensiva em curso na Faixa de Gaza desencadeada pelo ataque em Israel do grupo extremista Hamas de 07 de outubro de 2023, com um balanço de dezenas de milhares de mortos e acusações de genocídio.
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