Quer ir a banhos? Tenha atenção aos riscos de nadar em águas contaminadas

A contaminação das águas interditaram os banhos em várias praias nos últimos dias, nomeadamente no Algarve. Sabe quais são os riscos de nadar em águas contaminadas? Fique a par.

praia, bandeira vermelha

© ShutterStock

Notícias ao Minuto
05/08/2025 18:57 ‧ há 4 dias por Notícias ao Minuto

País

Contaminação

Várias praias têm sido interditadas a banhos nos últimos dias. Despois de mais de uma centena de pessoas ter sido assistida devido à contaminação na água da praia da Nazaré, há esta terça-feira três praias algarvias onde a bandeira vermelha foi hasteada. Mas, afinal, quais os riscos de nadar em águas contaminadas?

 

Para esclarecer algumas das principais dúvidas, a DECO PROteste divulgou um artigo sobre o tema, no qual explica que a transmissão de agentes infeciosos através da água "pode ocorrer pelo contacto com a pele durante o banho ou até pela aspiração de germes presentes na água".

Contudo, a forma mais comum de contaminação "é através da ingestão, bebendo água contaminada, ou pelo consumo de alimentos lavados com água infetada". 

Apesar disso, tal como explica a DECO PROteste, a probabilidade de um agente patogénico causar uma infeção ou doença "depende da estirpe desse mesmo agente, da dose, da forma em que o agente patogénico é encontrado, das condições de exposição e da suscetibilidade e do estado imunitário da pessoa infetada".

Note-se que entre os agentes patogénicos fecais mais frequentemente encontrados em águas contaminadas estão as bactérias E. coli (Escherichia coli). 

A DECO PROteste recorda que "o principal habitat desta bactéria é o trato intestinal dos humanos e de outros mamíferos". No entanto, "certas estirpes são patogénicas para o Homem e para outros animais, e não fazem parte da flora intestinal normal", como é o caso da E. coli enterotoxigénica, que responsável por diarreias em crianças e pela chamada 'diarreia do viajante', uma forma de gastroenterite. 

Neste caso, os principais sintomas são diarreia aquosa; febre baixa; cólicas abdominais; fadiga; e náuseas.

É de realçar que, na maioria dos casos, "os sintomas podem surgir entre oito e 44 horas após o consumo de um alimento contaminado" e têm uma duração de "três a 19 dias". "Contudo, apesar de poder causar desidratação, esta infeção é leve e acaba por se resolver sem tratamento específico. Já se a diarreia for moderada a intensa (mais de três episódios em oito horas), pode ser necessária a toma de antibióticos", refere. 

Por outro lado, nos casos de infeções por E.coli O157:H7 e outras E.coli êntero-hemorrágicas, que provocam hemorragia no intestino, "podem ocorrer inflamações graves (colite)". Nestes casos, "os sintomas podem surgir entre três e dez dias após a ingestão de alimentos contaminados, e variam entre gastroenterite aguda, com ou sem febre, vómitos, dor abdominal e diarreia sanguinolenta". 

 Em casos mais graves, "a doença pode evoluir para síndrome hemolítica-urémica, uma síndrome que se caracteriza por insuficiência renal aguda, anemia e/ou trombocitopenia, o que requer tratamento hospitalar". 

A DECO PROteste esclarece ainda que as cianobactérias - grupo de bactérias que podem ser encontradas na água - "podem intoxicar humanos através da ingestão acidental de água contaminada durante a prática de atividades recreativas ou desportivas ou através do consumo de água indevidamente tratada". E

Embora estas intoxicações "estejam pouco documentadas pela investigação científica, sabe-se que as doenças agudas causadas pela exposição de curta duração a cianobactérias e a cianotoxinas durante atividades recreativas podem causar sintomas semelhantes a rinite alérgica, erupções cutâneas e problemas respiratórios e gastrointestinais". 

Leia Também: Há três praias algarvias interditas a banhos. Água está contaminada

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