O Adjunto de Operações da Proteção Civil, Bruno Borges, referiu, esta segunda-feira, que, há "quatro ocorrências que apresentam maior preocupação", adiantando ainda, entre domingo e hoje, registaram-se 14 feridos ligeiros, que foram transportados para uma unidade hospitalar. Reforçou ainda que é "fundamental" que as proibições "sejam cumpridas".
"Das 00h00 de hoje até às 17h00, salientamos 77 ocorrências, que envolveram 1.600 operacionais, 440 meios terrestres e 90 missões aéreas", disse Bruno Borges, durante do ponto de situação dos incêndios.
E continuou: "De salientar e sublinhar que 23 destas ocorrências tiveram início no período noturno. A zona mais afetada continua a ser a região norte com maior numero de ignições, quer durante o dia quer durante a noite".
O Adjunto de Operações da Proteção Civil destacou que "existem quatro ocorrências que apresentam maior preocupação", referindo-se aos incêndios em Lourido (Celorico de Bastos), Vila Franca e Portela (Minho) e Sirarelhos (Vila Real), onde estão empenhados 824 operacionais apoiados por 282 veículos e nove meios aéreos.
"Importa dar nota que, entre as 17h30 e as 18h00 de hoje, tiveram início oito novas ignições na sub-região do Tâmega e Sousa, com maior incidência em Celorico de Bastos. Há mais uma ocorrência que preocupa na localidade de Ribas, onde estamos a fazer o reforço do teatro das operações", acrescentou.
Bruno Borges salientou também que há 1.349 operacionais, apoiados por 429 veículos e três meios aéreos em 55 ocorrências que "estão em resolução ou em vigilância".
"No que diz respeito a situações relacionados com emergência médica nos teatros de operações, entre o dia de ontem (domingo) e hoje, foram registadas 35 ocorrências, das quais 21 foram resolvidas no teatro de operações e 14 pessoas - entre bombeiros, civis, elementos da GNR e força especial de Proteção Civil - tiveram que recorrer à unidade hospitalar", adiantou, acrescentado que se tratam de "feridos ligeiros".
No balanço do dia, o Adjunto de Operações da Proteção Civil apelou à população que confiem e sigam as recomendações das autoridades e para que se mantenham afastados das zonas de incêndio.
E sublinhou: "Não esquecer a declaração de alerta que está em curso. Temos de reduzir garantidamente este número de ignições, isto é um desígnio de todos nós".
Bruno Borges também referiu que no dia de ontem, domingo, foi elevado o estado de prontidão especial do dispositivo de combate dos incêndios para o "nível 3", tendo em conta o agravamento do risco de incêndio rural provocado pelas elevadas temperaturas, e que, no sábado começou, tendo sido aumentado no domingo, o "patrulhamento aéreo armado, que consiste em aviões bombardeiros médios".
Reforçou ainda as proibições que estão vigentes desde as 00h00 de domingo, após a declaração da ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, onde foi decretado que o país estaria em situação de alerta até às 23h59 de quinta-feira.
"É fundamental que estas proibições sejam cumpridas por todos nós, para reduzir o número de ignições”, alertou.
Quais as proibições?
O Governo, "face às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para um significativo agravamento do risco de incêndios rurais", declarou "situação de alerta em todo o território continental" - num período compreendido entre as 00h00 de domingo, dia 3 de agosto, e as 23h59 de quinta-feira, dia 7 de agosto.
Esta declaração de alerta "compreende um conjunto de medidas de caráter excecional", que o Executivo descreveu em detalhe num comunicado.
[Notícia atualizada às 19h59]
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