Em comunicado divulgado hoje, o Ministério Público informou que 33 arguidos foram presentes a primeiro interrogatório judicial na segunda-feira, no tribunal de Santarém, no âmbito de um inquérito que investiga os crimes de associação criminosa, tráfico de estupefacientes e branqueamento de capitais.
Dos 33 detidos, o juiz colocou 13 em prisão preventiva, a medida de coação mais gravosa, aplicando aos restantes arguidos as medidas de coação de apresentações periódicas às autoridades e proibição de contactos entre coarguidos.
Um dos detidos está ainda indiciado por branqueamento de capitais, por alegadamente ter dissimulado os lucros da atividade criminosa através da aquisição de bens em nome de terceiros.
As detenções ocorreram no passado dia 8 de julho, em cumprimento de mandados de detenção e de busca realizados em Portugal e em Espanha.
Durante as diligências, foram apreendidas "18 lanchas rápidas, 649 quilos de cocaína, 7.800 quilos de haxixe, armas de fogo e cerca de 773 mil euros em numerário", lê-se no comunicado.
Segundo a acusação, os arguidos atuavam de forma organizada, em articulação com várias organizações criminosas internacionais, utilizando embarcações lançadas à água em Portugal para recolher droga "em Marrocos ou em alto mar, transportando-a posteriormente para Espanha".
A investigação prossegue sob a direção da 2.ª Secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Santarém, com a coadjuvação da Guarda Nacional Republicana.
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