Segundo Vasco Ferraz (CDS-PP), o fogo que deflagrou na noite de segunda-feira na freguesia de Rebordões (Santa Maria) estava a ser combatido, às 11h15, por 146 operacionais, apoiados por dois meios aéreos e 43 viaturas.
O presidente da Câmara de Ponte de Lima, no distrito de Viana do Castelo, disse não estar a ser fácil controlar as chamas que lavram em zona de mato e floresta.
Vasco Ferraz adiantou que durante a noite de segunda-feira, "por precaução, foram retirados os habitantes do lugar de São João do Monte, na freguesia da Correlhã, e do lugar da Porta, na Facha, que foram acolhidos nas casas de familiares".
"A população está habituada porque são dois lugares que não têm alternativa de fuga. Só têm uma via de acesso", disse.
Já na manhã de hoje, esclareceu, "as crianças da creche da Facha foram deslocalizadas para o centro escolar da Facha para não estarem perto do fumo e os idosos do Lar da Facha foram mantidos em casa, sendo-lhes garantido apoio domiciliário".
Segundo Vasco Ferraz, o fogo "evoluiu muito rapidamente".
"O incêndio começou às 22h47 de segunda-feira. Às 01h00 já tinha uma dimensão brutal. Durante a noite os bombeiros tinham o incêndio controlado e hoje, entre as 06h00 as 07h00, levantou-se vento e voltou-se a descontrolar e era nessa altura que deviam ter vindo os meios aéreos. Liguei ao secretário de Estado da Proteção Civil que disponibilizou dois meios aéreos, mas às 11h00 ainda não estavam a combater o incêndio", frisou.
O autarca adiantou que "a falta de operacionais disponíveis, empenhados noutros incêndios como em Ponte da Barca e Arouca", também não facilitou o combate às chamas" que lavram numa "zona complicada de mato e floresta, com uma orografia difícil".
"Nesta altura, o país não tem capacidade para ter três ou quatro grandes incêndios ao mesmo tempo. Isso faz com que os pequenos incêndios escalem e se tornem em grandes incêndios. Os nossos bombeiros que estavam a combater o fogo em Ponte da Barca e vieram para Ponte de Lima estavam cansados por estarem em trabalhos há dois dias", apontou.
Vasco Ferraz disse que pelas 11h00 a situação estava "mais ou menos estabilizada.
"Não estamos seguros de haver a probabilidade de termos uma alteração dos ventos e voltar a descontrolar-se. Tendo visibilidade para atacar o incêndio com meios aéreos - e se conseguíssemos controlar antes de o vento levantar, outra vez -, muito possivelmente resolveríamos o incêndio rapidamente", disse.
Além do prejuízo florestal, não há registo de feridos entre população e operacionais que combatem as chamas.
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