Arqueólogos descobrem nova sepultura na cidade romana de Ammaia em Marvão

Uma sepultura de incineração que deverá remontar à segunda metade do século III foi descoberta na cidade romana de Ammaia, em Marvão, distrito de Portalegre, no decorrer de trabalhos arqueológicos, foi hoje divulgado.

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Lusa
28/07/2025 17:08 ‧ há 5 dias por Lusa

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Em declarações à agência Lusa, o arqueólogo responsável da Fundação Ammaia, Joaquim Carvalho, explicou que esta descoberta na zona do anfiteatro, aliada a uma outra sepultura idêntica que também foi descoberta em 2024, na porta norte do anfiteatro, está a "levantar algumas questões" aos estudiosos em relação à ocupação do espaço.

 

"Pensamos nós que ele [anfiteatro] terá sobrevivido enquanto estrutura lúdica pelo menos até ao século III, mas as escavações que estamos a fazer atualmente ainda nos vão dar, provavelmente, algumas novas indicações", disse.

A equipa de arqueólogos da Ammaia está a desenvolver trabalhos no local para delimitar a área exterior e uma das portas de entrada no anfiteatro.

A iniciativa resulta de uma parceria com a participação dos alunos de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com a colaboração também de alunos oriundos de Espanha e do Brasil.

Joaquim Carvalho acredita que a campanha -- a qual, "provavelmente", vai sofrer um interregno no final desta semana, para regressar depois em setembro - vai ainda fornecer novos dados sobre esta descoberta e a cronologia do anfiteatro em particular.

"A escavação nesta área ainda não está concluída, ainda podemos ter mais alguma surpresa", disse.

As peças recolhidas vão seguir para análise num laboratório e muitas deverão integrar a exposição permanente do museu instalado na Fundação Ammaia.

A cidade romana de Ammaia, classificada como Monumento Nacional em 1949, é o mais importante vestígio da sua época existente no norte alentejano e situa-se em pleno Parque Natural da Serra de São Mamede.

A zona central da cidade é constituída pela Quinta do Deão e pela Tapada da Aramenha, e tem uma área de cerca de 25 hectares.

As ruínas da cidade estiveram abandonadas até finais de 1994, quando começaram as primeiras escavações arqueológicas sistemáticas.

Três anos depois, a Fundação Cidade de Ammaia assumiu os trabalhos de estudo, escavação e de preservação do que resta da antiga cidade romana.

No espaço, estão instalados um museu e um laboratório de conservação e restauro, que foi criado para conservar e salvaguardar os bens arqueológicos da área.

O laboratório funciona também como local de trabalho para investigadores que estão a estudar os materiais arqueológicos de Ammaia.

Leia Também: Christoph e Julian Prégardien atuam no 11.º Festival de Marvão

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