Risco de incêndios? Cascais declara alerta e Sintra encerra monumentos

Perante o risco "muito elevado" de incêndios rurais, a Câmara de Cascais declara situação de Alerta Municipal e a de Sintra anuncia encerramento do perímetro florestal e monumentos no interior da serra.

Incêndio em Sintra/Cascais

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Lusa
25/07/2025 20:14 ‧ ontem por Lusa

País

Cascais

"Face à previsão de perigo de incêndio rural muito elevado pelo IPMA Instituto Português do Mar e da Atmosfera, para os dias 27 a 29 de julho, a Câmara Municipal de Cascais emitiu uma Declaração de Situação de Alerta Municipal, nos termos da Lei de Bases da Proteção Civil", afirma a autarquia num comunicado enviado hoje às redações.

 

Esta medida, determinada por Carlos Carreiras, Presidente do Município, "visa salvaguardar vidas humanas e proteger o património natural, nomeadamente o Parque Natural Sintra Cascais, especialmente vulnerável após a tempestade Martinho", esclarece o município na nota.

A Câmara destaca que durante o período da declaração, "fica interdito o acesso de pessoas e veículos a áreas florestais no concelho, incluindo a Rua dos Capuchos, Campo Base da Pedra Amarela, Barragem do Rio da Mula, Quinta do Pisão" bem como outras zonas assinaladas num mapa.

A GNR e a Polícia Municipal vão assegurar o cumprimento destas interdições.

Estas medidas integram os procedimentos de "Fecho da Serra" e envolvem patrulhamento reforçado, suspensão de atividades ao ar livre e comunicação ativa à população, adianta a autarquia, recordando que já estavam proibidas queimas e queimadas em todo o concelho entre 01 de junho e 30 de setembro.

A Câmara Municipal de Sintra também informou hoje que, face às previsões meteorológicas para os dias 27 a 29 de julho de 2025, que "apontam para um Perigo de Incêndio Rural Muito Elevado, será encerrado o perímetro florestal e monumentos no interior da Serra de Sintra".

"O aviso vigora entre as 00:00 de 27 de julho às 23:59 de 29 de julho e à proibição de acesso, circulação e permanência em espaço florestal acresce ainda o encerramento de monumentos, nomeadamente: Parque e Palácio Nacional da Pena, Convento dos Capuchos, Parque e Palácio de Monserrate e Castelo dos Mouros", específica.

Mas, sublinha que permanecem abertos a Quinta da Regaleira, Palácio Nacional de Sintra e Palácio Nacional de Queluz.

"Estas medidas visam proteger pessoas, bens e o património natural da Serra de Sintra, especialmente após os danos causados pela Depressão Martinho, que resultou na queda de mais de 100.000 árvores na serra e cujos trabalhos de limpeza e manutenção ainda decorrem", afirma a autarquia na nota.

Segundo o comunicado, todos os trabalhos de limpeza foram interrompidos e os trabalhos de vigilância em perímetro florestal foram reforçados, em parceria com a GNR, Bombeiros, Parques de Sintra e Exército Português.

Durante este período continuam a poder circular, no entanto, veículos de socorro, de emergência e das entidades integrantes do Sistema Municipal de Proteção Civil, residentes e pessoas que aí exerçam atividade profissional ou que prestem assistência a pessoas vulneráveis, salvaguarda.

A Serra de Sintra integra uma região de proteção classificada como sensível ao risco de incêndio floresta e caracteriza-se por ter um elevado número de visitantes, por isso o município considera ser "fundamental acautelar a sua proteção, manutenção e conservação, considerados objetivos do interesse público, de âmbito mundial, nacional e municipal".

Na nota, a Câmara Municipal de Sintra apela à colaboração de todos os cidadãos, pedindo que evitem deslocações não justificadas e que respeitem as indicações das autoridades.

"A situação será reavaliada em função da evolução meteorológica, podendo ser adotadas medidas adicionais, acrescenta esta autarquia.

A decisão da Câmara de Sintra decorre da elevação do Estado de Prontidão Especial (EPE) pelo Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Grande Lisboa e da necessidade de adotar medidas preventivas e de reação face ao risco de incêndio elevado, muito elevado e máximo, previsto pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Entre as medidas excecionais a implementar destacam-se: a proibição de acesso, circulação e permanência em espaços florestais e vias que os atravessem, a proibição de queimadas, queimas de sobrantes e uso de maquinaria em espaços florestais bem como de utilização de fogo-de-artifício ou artefactos pirotécnicos e o reforço da vigilância e patrulhamento por forças de segurança e militares, bem como a mobilização de equipas de emergência médica, sapadores florestais e vigilantes da natureza.

Leia Também: Governo turco declara zonas de catástrofe devido a incêndios

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