Esta tarde, o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, enviou ao primeiro-ministro uma proposta de criação de uma unidade de coordenação para emergências hospitalares, para resolver um problema numa área em que acusa o Governo de ter falhado.
"Todas as propostas que possam aparecer no sentido de melhorar a coordenação daquilo que é a atividade de emergência são sempre bem-vindas e, portanto, esta proposta, como qualquer outra, tem que ser entendida, estudada e aprofundada para percebermos o alcance, até onde é que ela produz efeitos reais com esse aumento da coordenação", disse à Lusa o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), António Nunes.
Segundo o responsável, a questão a gestão dos meios não é um tema novo e "é um facto" que é preciso "discutir aprofundadamente como é que se pode articular meios da melhor forma", ou seja, complementarmente e não concorrencialmente.
"Há um ano assinamos um memorando de entendimento entre o INEM, a Liga dos Bombeiros e a Direção Executiva do INEM onde se reconhecia que era preciso aprofundar este tema", apontou, referindo que "não houve oportunidade" de o implementar tendo em conta as mudanças na liderança da direção executiva, do INEM e mesmo devido às eleições antecipadas.
António Nunes referiu que "o princípio geral" da proposta do PS é tentar colocar juntos "os intervenientes que, de uma forma individual, hoje contribuem para o sistema de resposta à emergência", apontando há países que ensaiaram um sistema diferente do português.
"Nós, na Liga dos Bombeiros Portugueses, temos vindo a defender que o que deveria acontecer era haver salas regionais de coordenação de emergência e, quatro ou cinco salas para o território português e para a população que temos, era suficiente, em vez de haver subdivisões de salas", apontou.
Para o presidente da LBP "todas as propostas que ponham em cima da mesa uma discussão que tem que ser tida sobre o sistema de resposta de emergência em Portugal são sempre bem-vindas".
"Elas permitem discutir um assunto que é hoje muito complexo para todos nós e, em particular, para os bombeiros", justificou.
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