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Greve do MP adia acórdão de professor acusado de abusar de 11 alunas

O Tribunal de Guimarães adiou hoje para 22 de julho a leitura do acórdão de um professor primário da Póvoa de Lanhoso acusado de 3.734 crimes de abuso sexual de crianças, alegadamente cometidos sobre 11 alunas.

Greve do MP adia acórdão de professor acusado de abusar de 11 alunas

© Global Imagens

Lusa
14/07/2025 11:39 ‧ há 1 mês por Lusa

O adiamento ficou a dever-se à greve dos magistrados do Ministério Público.

 

A acusação do MP, a que a agência Lusa teve acesso, conta que o professor primário praticou os crimes na sala de aulas, sobre alunas entre os 6 e os 9 anos, enquanto lecionava, entre setembro de 2017 e 07 de maio de 2024, dia em que foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) e ficou, desde então, em prisão preventiva.

O MP diz que o professor do primeiro ciclo do ensino básico "quotidianamente, a pretexto de explicar matéria escolar ou esclarecer dúvidas", chamava as vítimas para junto da mesa onde lecionava na sala de aula, colocava-as no seu colo e tocava-lhes.

Nesse sentido, sustenta a acusação, desde o ano letivo 2017/2018 até 07 de maio de 2024, excetuando o período de interrupção escolar devido à pandemia de covid-19, "diariamente, em plena sala de aula", o arguido "sentou uma ou duas alunas em cada perna, ao mesmo tempo que lecionava perante os restantes alunos".

Além dos 3.734 crimes de abuso sexual de crianças agravado, o docente está também acusado de três crimes de maus-tratos alegadamente cometidos sobre três outros alunos, uma menina e dois meninos, a quem, segundo o MP, deu palmadas na cabeça, agarrou e puxou o cabelo e as orelhas e chamou "burro, palerma, estúpido".

O arguido, que era professor primário há cerca de 24 anos, responde ainda por três crimes de pornografia de menores.

"A conduta do arguido comprometeu e compromete seriamente o desenvolvimento harmonioso das vítimas, uma vez que contende com o núcleo mais essencial para o desenvolvimento harmonioso de uma pessoa: a sua intimidade, a disposição do seu corpo, o estabelecimento saudável das relações de proximidade com terceiros e a criação de laços familiares com os mais próximos", sublinha o procurador do MP.

O julgamento decorreu à porta fechada, mas segundo Artur Marques, advogado do arguido, este confessou "quase tudo" dos 3.734 crimes de abuso sexual de crianças, justificando-os com "um impulso incontrolável" e assumindo "profundo arrependimento".

O arguido negou alguns dos crimes de abuso sexual e os crimes de maus tratos.

Artur Marques revelou que o seu cliente justificou a sua conduta com "um impulso incontrolável".

O advogado referiu também que o seu constituinte tem agora consciência "da gravidade" dos atos praticados, sublinhando que está a ter acompanhamento psicológico e psiquiátrico.

Nas alegações finais, o Ministério Público pediu uma pena entre os 20 e os 25 anos de prisão.

Leia Também: Arguido condenado por abuso sexual de criança. Pais foram cúmplices

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