"Estamos a potenciar o reforço de meios para a noite para apoiar as operações de combate", afirmou o adjunto de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Bruno Borges, em declarações à agência Lusa.
Por volta das 19 horas, segundo o responsável, o fogo tinha três frentes ativas, enquanto o combate às chamas envolvia 296 operacionais, apoiados por 96 veículos e oito meios aéreos.
Uma das frentes ativas, junto à vila de Alandroal, "está a ceder aos meios no terreno", revelou, referindo que uma outra, na zona de Juromenha, vai ter um reforço de meios "visto que o incêndio está com alguma continuidade".
Bruno Borges assinalou que a ANEPC já está a fazer o levantamento dos danos provocados pelo fogo.
Também em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Alandroal, João Grilo, disse que "um dos maiores problemas" deste incêndio está agora na área entre as povoações de Terena e de Hortinhas.
"Em Terena, os bombeiros conseguiram segurar o fogo nas traseiras de uma das ruas", realçou.
O autarca salientou que tem ardido mato e que o fogo chegou a passar perto de montes isolados.
"Não temos habitações ardidas, só uns anexos. E não houve, até agora, nada de grave com pessoas", sublinhou, reconhecendo que já "há muita área ardida" e o combate às chamas continua "muito complexo, devido ao vento".
Durante a tarde, relatou o autarca, foi necessário evacuar uma fábrica situada perto de Alandroal, mas os bombeiros conseguiram evitar que o fogo chegasse à zona da unidade fabril.
O alerta para o incêndio, que lavra sobretudo em área de mato, foi dado às 9h22.
Fonte da GNR revelou à Lusa esta tarde que o motorista do camião suspeito de provocar o fogo foi identificado e constituído arguido pela Guarda.
A fonte do Comando Territorial de Évora da GNR indicou que o homem, que conduzia um pesado de mercadorias que transportava madeira, foi constituído arguido pelo crime de incêndio florestal e o caso foi comunicado ao Ministério Público.
Segundo a mesma fonte, uma peça metálica de uma das cintas do semirreboque do camião, usada para prender a madeira transportada, soltou-se e, ao bater no chão, provocou faíscas, o que terá ateado vários focos de incêndio no concelho.
Esta manhã, o presidente da Câmara de Alandroal tinha revelado à Lusa que o fogo teria tido origem no pneu de um camião, que se tinha incendiado, lançando focos de incêndio ao longo da Estrada Nacional 255 (EN255), que liga Alandroal a Reguengos de Monsaraz.
Devido ao incêndio, a circulação rodoviária foi cortada nos troços da EN255 entre Alandroal e a vila de Terena e da Estrada Nacional 373 (EN373) entre a sede de concelho e Juromenha, entre outros caminhos municipais.
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