OVO pede saída da Ministra da Saúde após caos: "Absoluto desconhecimento"

O Observatório de Violência Obstétrica em Portugal (OVO PT) exigiu hoje a demissão da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, manifestando "profunda preocupação" com o acesso aos direitos da mulher no plano da saúde sexual e reprodutiva.

Cerimónia de posse do bastonário da Ordem dos Médicos

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Lusa
07/07/2025 13:27 ‧ há 5 horas por Lusa

País

Ministra da Saúde

"O país depara-se com casos como o mais recente, onde uma mulher perde o seu bebé após um périplo de duas semanas por cinco hospitais da Grande Lisboa e, no penúltimo hospital, esta mulher recusa-se a ir para casa", sustentou o Observatório, em comunicado.

 

"Finalmente, o Hospital de Santa Maria faz a admissão, induzindo o parto, contudo o bebé não resiste. As queixas desta mulher nestas duas semanas não foram ouvidas, nem acompanhadas", sublinhou no documento.

O OVO considerou que o caso demonstra "o desmembramento" do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e questionou onde está a articulação entre as unidades locais de saúde e o acompanhamento de proximidade que deixa as mulheres dependentes de uma linha telefónica "mal estruturada e sem capacidade" para garantir a correta vigilância na gravidez.

Para o observatório, o Governo segue uma política de "pensos rápidos e opacidade". O país, defendeu, precisa rapidamente de recuperar "a segurança, a dignidade e a humanidade no SNS".

O OVO PT exigiu, assim, que o Ministério da Saúde sirva "todas as necessidades do país" e garanta o acesso à saúde de todas as pessoas em Portugal.

"Vimos por este meio exigir publicamente a demissão da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, por não estar a conseguir reunir consensos, e por manifestar absoluto desconhecimento sobre como resolver os graves problemas que a saúde enfrenta atualmente em Portugal", justificou o Observatório.

"Lisboa e Vale do Tejo tem três milhões de pessoas. É a área onde se encontram mais urgências fechadas nos últimos quatro anos, sendo que face a 2023, os fechos aumentaram mais de 40% em 2024 e em 2025 esses fechos estão menos expostos por abandono estratégico do portal na consulta da visão real dos dados, que são cada vez mais escassos", de acordo com o documento.

Leia Também: Grávida que perdeu bebé em 2024 teve acompanhamento adequado, diz IGAS

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