Governo recusa agenda ideológica e diz que só tem "como baia" o programa

O ministro da Presidência recusou hoje que o Governo esteja a seguir uma agenda ideológica ao aprovar, nas primeiras semanas, alterações na imigração ou à disciplina de cidadania, defendendo que apenas está a cumprir o seu programa.

António Leitão Amaro

© Getty Images

Lusa
03/07/2025 17:39 ‧ ontem por Lusa

País

Conselho de Ministros

Na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, António Leitão Amaro anunciou, entre várias decisões, que o executivo tomou "deliberações importantes" sobre a disciplina e o programa da educação para a cidadania, cujo detalhe remeteu para uma apresentação nos próximos dias do ministro da Educação.

 

Questionado se mexer nesta disciplina, bem como nas leis da imigração e nacionalidade, antes de completar um mês em funções indica que o Governo está a tomar decisões mais conotadas com a agenda ideológica da direita, o ministro recusou esse entendimento.

"Tudo isto é servir o programa do Governo, é isso que estamos a fazer: nós não seguimos, nós lideramos", afirmou.

Depois, Leitão Amaro questionou se outras medidas já anunciadas pelo executivo -- como a proposta de redução do IRS ou a proibição de telemóveis na escola para os mais novos -- também têm um cunho ideológico.

"Eu não quero usar aquela expressão que ficou famosa do 'habituem-se', não quero. Quero só dizer isto: foi por isso que nós viemos, foi por isso que nos escolheram, foi para liderar nas transformações", afirmou, dizendo que não adianta "tentarem condicionar" a ação do executivo PSD/CDS-PP.

O ministro da Presidência defendeu que todas as decisões tomadas pelo Governo têm como base "um mandato eleitoral" renovado a 18 de maio e considerou que a maturidade da democracia portuguesa já permite "ir além do simplismo".

"Falar do tema A é propriedade do nicho ideológico B, falar de outro tema é a propriedade do nicho ideológico C... (...) Sinceramente, eu acho que os portugueses têm vindo a responder, mas, sobretudo, a democracia e o debate democrático têm mostrado que as simplificações e categorizações perderam sentido, feitas dessa maneira", disse, questionando que agenda servem medidas como o acelerar de prazos na justiça ou uma nova estratégia para a cibersegurança.

Na perspetiva do ministro, o Governo tem apenas procurado responder com medidas concretas a "dificuldades e problemas" que existiam.

"Este Governo está a liderar a agenda política: as medidas de imigração, as medidas da nacionalidade, foram anunciadas aqui antes das eleições porque nós acreditávamos nelas (...) A nossa baia é o nosso programa de Governo que tem como base o nosso programa eleitoral", assegurou.

Leia Também: "Paternalista". Leitão Amaro critica apoios do Estado a quem investiu mal

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