Universidade do Minho nega dois mestrados sem alunos. "São de um ano"

Universidade do Minho explica que os dois mestrados (europeus) "são de apenas um ano e não dois, como a maioria dos mestrados em Portugal, e à data do relatório da tutela estavam a ser defendidas as dissertações e homologadas as pautas".  

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Lusa
03/07/2025 14:49 ‧ ontem por Lusa

País

Universidade do Minho

A Universidade do Minho garantiu, na terça-feira, que cerca de 90% dos alunos concluíram os dois mestrados que estatísticas do Ministério da Educação indicavam estarem entre as formações em que todos os alunos desistiram após um ano.

 

Na passada sexta-feira, o portal Infocursos divulgou informação sobre os cursos superiores existentes em Portugal, tendo um parâmetro que permite saber onde estavam os novos alunos um ano após a sua inscrição, através de várias opções possíveis: já estarem diplomados, continuarem inscritos no mesmo curso, terem mudado de curso ou já não se encontrarem inscritos no ensino superior nacional.

Segundo os dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), 100% dos caloiros inscritos nos mestrados "Modelação de Informação na Construção de Edifícios - BIM A+" e "Análise Estrutural Avançada e Projeto com Materiais Compósitos - FRP++", da Universidade do Minho, não se encontravam mais inscritos em nenhum curso.

No entanto, a instituição explicou que estes dois mestrados (europeus) "são de apenas um ano e não dois, como a maioria dos mestrados em Portugal, e à data do relatório da tutela estavam a ser defendidas as dissertações e homologadas as pautas".  

A Universidade do Minho garante que a "taxa de conclusão de ambos os mestrados é próxima ou supera os 90%", mas na plataforma da DGEEC, aparecem zero alunos como estando já diplomados.

Questionado pela Lusa sobre esta disparidade, o ministério da Educação, Ciência e Inovação disse que os dados da DGEEC disponibilizados no Infocursos para os dois cursos da Universidade do Minho "estão de acordo com os valores reportados pela instituição no inquérito RAIDES".

Os dados da DGEEC divulgados na semana passada apresentam onze cursos onde todos os novos alunos inscritos nos anos letivos de 2021/2022 ou de 2022/2023 não tinham sido encontrados no ensino superior no ano seguinte, um indicador que existe há cerca de uma década e tem como finalidade perceber melhor os casos de abandono escolar.

Leia Também: É preciso "assumir prioridades" no financiamento ao desenvolvimento

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