Chefe da PSP neonazi? MAI recusa generalizar, mas admite: "Inaceitável"

Maria Lúcia Amaral considerou que não se deve "confundir, jamais, a árvore com a floresta", mas que os crimes pelos quais está indiciado este chefe da PSP são "inaceitáveis num país como Portugal".

Maria Lúcia Amaral

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa com Notícias ao Minuto
24/06/2025 11:05 ‧ há 6 horas por Lusa com Notícias ao Minuto

País

Maria Lúcia Amaral

A ministra da Administração Interna defendeu hoje que não se deve "confundir, jamais, a árvore com a floresta", a propósito do caso do polícia da PSP ligado a um grupo neonazi e detido na semana passada.

 

À margem do seminário 'Migrações e Retorno: Novos rumos para a Europa', realizado pela PSP na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa, Maria Lúcia Amaral considerou que os crimes pelos quais está indiciado este chefe da PSP são "inaceitáveis num país como Portugal".

"Não confundir, jamais, a árvore com a floresta. A melhor forma de garantir que isto não acontece num país como o nosso é honrar as nossas instituições, é honrar os homens e mulheres que nela trabalham diariamente", acrescentou.

Maria Lúcia Amaral esteve esta manhã na abertura do seminário que marca o início das comemorações dos 158 anos da PSP, sendo esta a sua primeira intervenção pública enquanto responsável pela pasta da Administração Interna.

Seis detenções, quatro em preventiva

A Polícia Judiciária deteve na semana passada seis suspeitos de pertencerem ao Movimento Armilar Lusitano, tendo quatro ficado em prisão preventiva, depois de presentes a juiz de instrução para aplicação das medidas de coação.

Entre os detidos está um polícia da PSP que é indicado pelo Ministério Público como um dos três fundadores do movimento neonazi, criado em 2018.

Quatro dos arguidos, incluindo o agente da PSP, estão indiciados pelos crimes de infrações relacionadas com grupo terrorista, cuja pena de prisão vai dos 8 aos 15 anos, e por infração terrorista. Todos os seis arguidos estão indiciados por detenção de arma proibida.

Este agente da PSP, sabe-se agora, seria o responsável pelas entrevistas presenciais de recrutamento para entrar no grupo. Bruno Gonçalves, que estava como chefe da Polícia Municipal de Lisboa, é um dos suspeitos que está atualmente prisão preventiva.

Em meados de 2021, o grupo começou a recrutar novos membros, tendo o polícia e um motorista de pesados - dois dos três fundadores - recorrido a canais como o 'Telegram' e o 'Signal' para criar conversas e espalhar a mensagem.

Os candidatos tinham de preencher boletins com informações pessoais, responder a questionários online e comparecer a entrevistas presenciais conduzidas pelo chefe da PSP, Bruno Gonçalves, um dos seis detidos pela Polícia.

Da forma física à aptidão militar. O que era preciso para entrar no MAL?

Da forma física à aptidão militar. O que era preciso para entrar no MAL?

Sabe-se agora que o agente da PSP que pertence ao Movimento Armilar Lusitano (MAL) seria o responsável pelas entrevistas presenciais de recrutamento para entrar no grupo neonazi. Bruno Gonçalves, que estava como chefe da Polícia Municipal de Lisboa, está atualmente em prisão preventiva.

Notícias ao Minuto | 09:47 - 20/06/2025

Leia Também: Ministra defende unidade de estrangeiros e fronteiras na PSP

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