O ataque ao ator Adérito Lopes foi destacado na imprensa internacional, nomeadamente, através de um artigo da Reuters que se intitula 'Neonazis atacam atores em Lisboa, perturbando as celebrações do Dia de Portugal'.
O artigo dá conta não só da ocorrência, que foi uma agressão "violenta", como também nas reações, nomeadamente, na posição do Governo e do panorama geral da atualidade política.
"A União Europeia afirmou que o discurso de ódio está a aumentar em Portugal e que a extrema-direita está a ganhar apoio depois de o partido anti-imigração Chega se ter tornado a principal oposição no parlamento nas eleições do mês passado", escreve a agência de notícias esta quarta-feira.
No artigo, a Reuters explica toda a situação, que começou com vários atores a serem visados, mas apenas Adérito Lopes a ser "violentamente" agredido, na terça-feira, antes do último espetáculo de 'Amor é um fogo que arde sem se ver', no teatro A Barraca.
A Reuters lembra ainda as palavras da encenadora Maria do Céu Guerra, nomeadamente, em relação ao uso de uma t-shirt com uma estrela, "associada aos movimentos de Esquerda."
Também Alcindo Monteiro, que morreu há 30 anos, vítima de um crime de ódio, foi recordado. "Durante o regime fascista de António Salazar, que governou o país durante quatro décadas até 1974, o Dia de Portugal ficou conhecido como o Dia da Raça Portuguesa. Há anos que os movimentos de ultra-direita o assinalam com manifestações de pequena escala", escreve a Reuters.
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