A Polícia Judiciária (PJ) deteve na quarta-feira, ao final do dia, no Aeroporto de Lisboa, o condutor do veículo que atropelou "deliberadamente" um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP), em São Domingos de Benfica, no passado dia 2 de junho.
A informação foi confirmada pelos inspetores, num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto esta quinta-feira. Na mesma nota, a PJ revela que o homem, de 21 anos, tentava fugir do país quando foi detido.
Como lembra esta força de segurança, "as circunstâncias criminosas em que ocorreram o atropelamento brutal, tiveram início numa ação de controlo e fiscalização de tráfego rodoviário na praça da portagem da Ponte 25 de Abril, em Almada".
No entanto, "por ter desobedecido de forma propositada ao sinal e paragem", foi iniciada uma perseguição ao veículo automóvel pelos elementos da PSP.
Durante o percurso de fuga o condutor do veículo efetuou, segundo a PJ, "uma condução em excesso de velocidade, assumindo a prática de manobras perigosas, que terminou numa estrada sem saída na zona de São Domingos de Benfica".
O agente da PSP em questão, no exercício das suas funções policiais, ordenou que os ocupantes em fuga saíssem para o exterior a fim de serem abordados em segurança.
Nessa altura, o condutor "resolveu efetuar uma manobra repentina de inversão de marcha, atropelando" o polícia e "circulando com o veículo sobre o corpo da vítima". Manobras estas que provocaram "lesões graves ao nível torácico e abdominal, provocando-lhe perigo para a vida".
Algumas dezenas de metros à frente, os suspeitos decidiram abandonar o veículo e prosseguiram a fuga a pé.
Na sequência destes "factos graves", a PJ iniciou "diligências urgentes" que permitiram identificar os ocupantes do veículo em fuga, bem como localizar e deter fora de flagrante delito o condutor, "que se preparava para abandonar o território nacional".
Ao contrário do que foi noticiado anteriormente, a PJ revelou que ainda decorrem "diligências para localização dos outros dois ocupantes do veículo".
O detido será agora presente às autoridades judiciárias no Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, para interrogatório e aplicação de medidas de cação tidas como adequadas.
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