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Chefe da PSP garante que os desacatos na AG do FC Porto foram planeados

O chefe da PSP Bruno Branco, ex-amigo de Fernando Madureira e apoiante de André Villas-Boas à presidência do FC Porto, garantiu hoje que os desacatos da Assembleia Geral do FC Porto de novembro de 2023 foram premeditados.

Chefe da PSP garante que os desacatos na AG do FC Porto foram planeados

© Global Imagens

Lusa
29/05/2025 20:53 ‧ há 4 meses por Lusa

A terminar a 13.ª sessão do julgamento, no Tribunal de São João Novo, no Porto, a última testemunha de acusação do Ministério Público acusou o ex-líder da claque Super Dragões de impor um "clima de medo" na reunião magna.

 

"Por mensagens, no dia anterior, disse ao Fernando [Madureira] que só ia fazer com que a Assembleia Geral fosse impugnada. Disse-me que não havia hipótese, que ia partir aquilo ao meio, haveria 'porrada' e a proposta teria de passar", revelou.

Segundo o depoente, que ficou notabilizado por afastar um adepto que enfrentava Villas-Boas quando este prestava declarações à comunicação social na Assembleia Geral (AG), a aprovação da alteração estatutária em votação seria favorável à candidatura do então presidente portista, Jorge Nuno Pinto da Costa.

"Houve 50 reuniões de alterações de estatutos, aquilo aconteceu pura e simplesmente porque a administração queria. [...] Refiro-me a ser preciso um ano para poder votar depois de completar 18 anos, ao alargamento do período eleitoral para o final de junho, ao financiamento das casas do clube... Mas havia muitas mais alterações", enumerou.

Vítor Catão terá sido o "primeiro grande incendiário" da reunião magna ao coagir a equipa de reportagem da SIC a não entrar no Estádio do Dragão.

"O telemóvel dele tocou e era Lourenço Pinto, então presidente da Mesa da Assembleia Geral. Ele colocou o telefone em alta voz e começou a berrar, a dizer que nós [apoiantes de Villas-Boas] não podíamos estar ali", relatou.

Bruno Branco revelou ter aconselhado Villas-Boas a não entrar na AG, quando esta foi deslocada do auditório do Estádio do Dragão para o Pavilhão Dragão Arena, por considerar que a presença do atual líder dos 'dragões' poria em causa a sua "integridade", provocando um cenário ainda mais crispado. 

Os 12 arguidos da Operação Pretoriano, entre os quais o antigo líder dos Super Dragões Fernando Madureira, começaram em 17 de março a responder por 31 crimes no Tribunal de São João Novo, no Porto, sob forte aparato policial nas imediações.

Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação, em torno de uma AG do FC Porto, em novembro de 2023.

Entre a dúzia de arguidos, Fernando Madureira é o único em prisão preventiva, a medida de coação mais forte, enquanto os restantes foram sendo libertados em diferentes fases.

Leia Também: Defesa pede liberdade para Madureira. Medida de coação é "desajustada"

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