PCP diz que revisão da Constituição é "fuga para a frente"

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, considerou hoje que a eventual revisão da Constituição é "uma fuga para a frente", afirmando que prioritário seria cumprir a lei fundamental.

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© Rui Ochoa / Presidência da República

Lusa
22/05/2025 13:29 ‧ há 2 horas por Lusa

Política

Legislativas

Em declarações aos jornalistas após uma audiência no Palácio de Belém com o Presidente da República, que durou cerca de uma hora, Paulo Raimundo considerou que a intenção manifestada pela IL de abrir um processo de revisão constititucional representa "uma fuga para a frente".

 

Questionado sobre se o PCP participará no processo de revisão constitucional, Raimundo frisou que "não há nenhum processo aberto" e que "não será certamente" pelo seu partido que esse processo avançará.

Embora não seja uma matéria prioritária, "é sempre possível melhorar o texto constitucional", acrescentou.

O PCP não tem problemas com a "letra da Constituição", mas com o facto de o texto fundamental "não ser uma realidade na vida de cada um", disse.

"Se aqueles que estão tão preocupados, e que querem empenhar tanto tempo e tanto esforço a alterar a Constituição, se empenhassem na sua concretização, a vida da maioria daqueles que vivem e trabalham no nosso país estaria muito melhor", atirou, depois de sublinhar os direitos constitucionais sobre habitação e o papel do Serviço Nacional de Saúde.

Sobre as legislativas de domingo, Paulo Raimundo afirmou que o resultado da CDU - em que perdeu cerca de 22 mil votos e um deputado - é um "importante sinal de resistência" que dá condições ao partido para "enfrentar uma política que não corresponde aos interesses da maioria do povo".

O líder do PCP considerou que este "não é um momento para ficar à espera" mas sim de "enfrentar, para resistir e para enfrentar as forças que vão dar corpo" a uma política que quer, disse, "desmantelar o SNS", "assaltar a segurança social" e as leis laborais, "acentuar ainda mais a precariedade" e "chegar ao fim do processo de privatizações".

"SNS, segurança social, leis laborais, privatizações, não há nada que separe nenhuma das forças que se viu reforçada do ponto de vista eleitoral no passado domingo. E portanto, é um combate à política que vai ser protagonizada, para lá do barulho, para lá das encenações", acrescentou.

Questionado sobre acordos à esquerda para as próximas autárquicas, Raimundo reiterou que a CDU "é uma frente unitária e popular com provas dadas no poder local", acrescentando que a coligação não começou a "trabalhar no plano autárquico ontem" e está já no terreno com pessoas muito diversas do ponto de vista político.

O secretário-geral do PCP sublinhou ainda as "particularidades muito grandes" do poder local, frisando que "em nenhum momento" de democracia portuguesa "se viu uma tradução dos votos legislativas para os votos das autárquicas".

[Notícia atualizada às 13h58]

Leia Também: AO MINUTO: "Momento de resistir"; Constituição? "Não precisamos alterar"

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