O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou este sábado que não votar nas eleições legislativas, que decorrem amanhã, "seria meter a cabeça na areia" e defendeu que, num "mundo mais complexo e imprevisível, não participar, não decidir, não votar faz ainda menos sentido do que noutras eleições".
O chefe de Estado começou o seu habitual discurso de apelo ao voto, na véspera das eleições legislativas antecipadas, a lembrar que "o mundo de 2025 é radicalmente diferente do mundo de 2024" e destacou que "o regresso ao poder" do presidente norte-americano, Donald Trump, "implicou em quatro meses mudanças enormes nas relações com a Europa, a Rússia e a China".
"Com o mundo de hoje, mais complexo e imprevisível, não participar, não decidir, não votar faz ainda menos sentido do que noutras eleições", atirou.
Para o Presidente da República, não votar nas Legislativas "seria meter a cabeça na areia" e "ficar indiferente à gravidade do instante vivido".
"Os ausentes acabam, mais cedo ou mais tarde, por perder a razão e limitar-se, como diz o povo, a chorar sobre o leite derramado", referiu.
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu ainda que "votar neste momento é contribuir para a estabilidade no meio de um mundo instável" e poupar "soluções longas de governos de gestão", uma vez que "até maio de 2026 não poderá haver constitucionalmente novas eleições".
"Portugueses, 50 anos depois da eleição mais participada de sempre, dar vida à liberdade, à igualdade, à solidariedade, à segurança, à democracia e à paz é também votar amanhã pelo futuro de Portugal", concluiu.
Sublinhe-se que as eleições legislativas decorrem amanhã e foram convocadas pelo Presidente da República na sequência do chumbo de uma moção de confiança apresentada pelo governo da AD.
[Notícia atualizada às 13h16]
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