IL defende reconhecimento da Palestina se interlocutor não for terrorista

O líder da IL afirmou hoje defender a solução dos dois Estados, mas ressalvou que, para isso, tem de haver do lado palestiniano um interlocutor "com capacidade diplomática para negociar", e não "associações terroristas", referindo-se ao Hamas.

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© Francisco Romão Pereira - RTP

Lusa
14/05/2025 13:00 ‧ há 4 horas por Lusa

País

Rui Rocha

Em declarações aos jornalistas durante uma visita ao Mercado da Vila, em Cascais, Rui Rocha foi questionado sobre qual é a posição da IL relativamente à imposição de sanções a Israel, depois de, esta terça-feira, Telavive ter ameaçado entrar "com toda a força" na Faixa de Gaza.

 

"Nós exigimos o completo respeito dos direitos humanos em todas as circunstâncias e para todas as partes. É uma posição de princípio, aplica-se a todos e é a todos que deve ser aplicada. Exigimos isso", disse Rui Rocha, sem responder diretamente quanto à imposição de eventuais sanções a Israel.

Já interrogado se a IL defende o reconhecimento do Estado da Palestina, Rui Rocha indicou que a posição do seu partido sobre essa matéria "é clara".

"Nós defendemos a solução dos dois Estados, mas, do lado palestiniano, tem de haver um interlocutor, tem de haver quem tenha a capacidade diplomática para negociar e isso exclui, desde logo, situações em que temos associações terroristas do lado palestiniano", referiu.

Para Rui Rocha, "é preciso resolver esse ponto do lado palestiniano e avançar tão depressa quanto possível para a solução dos dois Estados, mas com interlocutores do lado palestiniano credíveis e com quem se possam fazer negociações".

Nestas declarações aos jornalistas, o líder da IL foi ainda questionado sobre como é que prevê enquadrar um eventual aumento das despesas em Defesa e, na resposta, disse que se esse investimento for "bem feito, fazendo participar a academia, as empresas, poder ser uma enorme oportunidade" para Portugal ter maior crescimento económico.

"Para termos emprego qualificado e tecnológico em Portugal para os jovens que, neste momento, estão a abandonar o país porque não encontram soluções e, portanto, é um investimento que se pagará seguramente a si próprio e, mais do que isso, trará vantagem ao país no futuro", disse.

Questionado se esse investimento não será feito em detrimento do setor social, Rui Rocha garantiu que não, reiterando que, se for bem feito, criará condições para "haver mais riqueza no país".

"Por isso, não só não põe em causa a dimensão social que o Estado tem de assegurar, como poderá criar condições para um crescimento económico que reforce essa capacidade de intervenção do Estado onde é necessário", disse.

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