Dezenas gritam junto à Embaixada russa que "Fascismo é igual ao Russismo"

Mais de 50 pessoas pediram hoje em Lisboa o fim da guerra na Ucrânia e gritaram que "Fascismo é igual ao 'Russismo'", numa iniciativa da diáspora ucraniana por ocasião do 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial.

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Lusa
08/05/2025 22:05 ‧ há 2 horas por Lusa

País

Ucrânia

A iniciativa ocorreu junto à embaixada da Rússia em Lisboa e juntou dezenas de pessoas com bandeiras da Ucrânia, da União Europeia (UE) e de Portugal que relembraram a data do fim da guerra na Europa no século XX.

 

Os ativistas também denunciaram que a Rússia segue agora os mesmos passos do regime de Hitler na Alemanha Nazi.

À Lusa, o presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha, afirmou que a guerra em curso no território ucraniano, há mais de três anos, já é uma Terceira Guerra Mundial, uma vez que existem soldados norte-coreanos a lutar juntamente com a Rússia contra a Ucrânia.

"Já podemos chamar isto Guerra Mundial, porque já foi confirmado oficialmente que ao lado dos russos lutam os soldados da Coreia do Norte e, outra vez, a Ucrânia está no centro e defende a Europa contra um regime totalitário que, na nossa opinião, não foi menos culpado do que a Alemanha nazi", acrescentou Sadokha.

Quando questionado sobre a nomeação do novo Papa, hoje anunciado no Vaticano, e a importância da Igreja no conflito, Sadokha considerou que o Papa é um líder mundial e que a Europa é um continente maioritariamente cristão e que, por isso, "a opinião do Papa e as ações do Papa são muito importantes para todos os países cristãos".

"Sabemos que o novo Papa Leão XIV já falou de paz, que ele quer estabelecer paz, vai arrasar pela paz, quer criar os pontos entre todos os povos no mundo e esperamos que ele vai arrasar neste sentido e vai ajudar para nós, para nós ucranianos e para toda a Europa a parar esta guerra terrível", afirmou.

O presidente da Associação fez vários paralelismos com o que acontece agora na Ucrânia e o que aconteceu na Segunda Guerra Mundial, uma vez que conversar com Putin parece o mesmo que os países europeus queriam fazer quando queriam firmar um acordo com Hitler.

"Esta política levou à maior catástrofe no século passado. Parece que a história não foi aprendida pelos líderes mundiais e se agora todos os países não se juntarem à Ucrânia, nós podemos ter uma catástrofe ainda pior do que no século passado", acrescentou.

Entre os discursos proferidos por microfone e amplificados por uma pequena coluna, os manifestantes gritavam que "Hitler e Stalin são iguais a Putin".

Um dos manifestantes, Ricardo Róis, português e casado com uma cidadã ucraniana, viu em primeira mão a invasão russa do Donbass e da Crimea e admite que marca presença nestas manifestações "não por escolha", mas "porque tem que ser".

"Acho que é interessante saber que os russos não celebram as mesmas datas na Segunda Guerra Mundial que o resto do mundo celebra e eles não consideram que a guerra começa em 1939. Porquê?" questionou retoricamente o manifestante, defendendo que "os russos estavam do lado dos alemães e eles são também responsáveis pelo começo da Segunda Guerra Mundial".

"Mas isso não é uma história que eles querem recordar", concluiu.

Na Rússia, a data que vai ser celebrada com uma parada militar na Praça Vermelha na sexta-feira e Moscovo já confirmou a presença de vários líderes mundiais como os presidentes Lula da Silva, do Brasil, Xi JinPing, da China, Nicolas Maduro, da Venezuela Aleksandar Vucic, da Sérvia.

A presença de Lula da Silva também levantou críticas por parte do presidente da Associação que considera que a ida do chefe de Estado brasileiro a Moscovo "demonstra na realidade de que lado está".

[Notícia atualizada às 22h21]

Leia Também: Zelensky espera que novo Papa apoie "moral e espiritualmente" a Ucrânia

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