O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi questionado, esta quinta-feira, sobre a declaração do primeiro-ministro, Luís Montenegro, sobre a greve da CP, que vai durar vários dias e atinge milhares de pessoas.
"Cada um faz a campanha como quer e assume as responsabilidades depois para o futuro. O Presidente não comenta nada. Limito-me apenas a comentar analiticamente", começou por dizer, lembrando que "no período eleitoral há maior incidência de conflitos laborais, que muitas vezes existiam potencialmente, mas que ganham maior expressão no período eleitoral".
"Também é natural que os protagonistas políticos comentem, de um lado e de outro, uns apoiado e outros desapoiando", realçou ainda sobre o mesmo assunto.
Sobre a possibilidade de haver alterações à lei da greve, Marcelo garantiu que, esta já "reconheceu alterações ao longo do tempo, mas não é uma questão que esteja ainda em cima da mesa".
Sobre o convite para estar presente no almoço de aniversário do PSD, o Chefe de Estado disse que compreende o gesto do líder do partido, que o terá feito por uma "questão de educação", mas Luís Montenegro "já sabia, que em período de campanha, o Presidente da República não poderia estar presente numa iniciativa que pode ser entendida como uma iniciativa de campanha"
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