Pedro Santana Lopes, atual presidente da Câmara da Figueira da Foz, eleito numa lista independente, falava no final de uma ação de campanha da AD -- coligação PSD/CDS em que Luís Montenegro visitou um bloco de construção de novas habitações a custos controlados.
Com o atual presidente do PSD ao seu lado, o antigo primeiro-ministro social-democrata (2004/2005) assinalou que o Sporting "é conhecido por produzir grandes jogadores mundiais" na sua academia.
"E o PSD já produziu grandes líderes nas suas escolas de formação. Este [Luís Montenegro] pertence a essa cepa. Outros ficaram pelo caminho, como eu. Este pertence à cepa dos que vai ficar", sustentou.
O antigo líder social-democrata defendeu que, tal como Cavaco Silva, o atual primeiro-ministro vai ficar "na história pela sua governação".
"Apesar de todas as polémicas, todas as sondagens dão o que dão. Apesar de todos os ataques que sofre [Luís Montenegro], que são semelhantes também com outros no passado, de outros tempos, as sondagens dão o que dão", insistiu Pedro Santana Lopes.
Interrogado se o presidente do PSD está a ser alvo de uma campanha negra, o autarca da Figueira da Foz recusou essa classificação.
"Agora que há uma campanha, isso não tenho dúvida nenhuma, porque perceberam que não havia mais nada para agarrar. Mas o povo é o mais esperto de nós todos. O povo sabe e vai mostrar que sabe. Sabe sempre quando é a nosso favor ou contra nós", respondeu, numa alusão às eleições do próximo dia 18.
Em 2018, depois de ter perdido a corrida interna à liderança do PSD para Rui Rio, Pedro Santana Lopes desfiliou-se do PSD para fundar o partido Aliança, do qual saiu em 2021.
Mas em 11 de fevereiro passado a Comissão Política Nacional do PSD aprovou o apoio à recandidatura do ex-líder do partido Pedro Santana Lopes à Câmara Municipal da Figueira da Foz.
"O regresso de Pedro Santana Lopes a candidaturas do PSD é sinal claro de unidade e agregação. O PSD privilegia a escolha dos melhores candidatos e projetos em cada localidade", sustentou a direção social-democrata num comunicado emitido nesse dia.
Esta será a primeira vez que Pedro Santana Lopes concorrerá com o apoio do PSD desde que deixou o partido em 2018, depois de o ter liderado entre 2004 e 2005, altura em que foi também primeiro-ministro.
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