A informação, avançada pelo jornal Expresso e confirmada à Lusa pela Procuradoria-Geral da República (PGR), dá conta um processo com acusação em Oeiras, dois em Sintra (relativos a processos abreviados), um na comarca de Lisboa Norte (relativo a um processo sumaríssimo) e um em Lisboa, sem precisar a que casos se referem.
Durante várias noites registaram-se tumultos em vários bairros da Grande Lisboa após a morte do cidadão cabo-verdiano Odair Moniz, de 43 anos e morador no Bairro do Zambujal, na Amadora,
Odair Moniz foi baleado por um agente da PSP na madrugada de 21 de outubro, no Bairro da Cova da Moura, no mesmo concelho, e morreu pouco depois.
Durante os tumultos foram incendiados mais autocarros, dezenas de automóveis e contentores do lixo, mas o ataque a um autocarro, incendiado em Santo António de Cavaleiros (Loures), que deixou em estado grave o motorista, era o mais grave em investigação.
Em operações policiais subsequentes foram detidas várias pessoas, tendo ficado em prisão preventiva dois jovens de cerca de 18 anos detidos na Amadora e em Carnaxide (Oeiras), acusados de crimes contra a propriedade praticados durante os tumultos.
Em Loures, dois dos três detidos por suspeita de provocarem o incêndio no autocarro que deixou sequelas permanentes no motorista ficaram em prisão preventiva, "indiciados pelos crimes de homicídio qualificado na forma tentada, incêndio e dano".
Das diligências realizadas pela Polícia Judiciária (PJ) foram recolhidos elementos de prova como telemóveis e peças de roupa que os suspeitos terão usado naquela noite.
O terceiro arguido detido também estava indiciado pelos mesmos crimes, mas o Ministério Público entendeu constituí-lo arguido apenas por tráfico de droga, explicou na altura fonte da PJ.
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