O Governo aprovou, em Conselho de Ministros, esta quarta-feira, entre várias medidas, 150 milhões de euros de despesa para as escolas e instituições de Ensino Superior, mas também o decreto que declara três dias de luto nacional pela morte do Papa Francisco, a cumprir entre esta quinta-feira e sábado.
Em conferência de imprensa, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse que em causa estão diversos aspetos críticos para o "funcionamento" das escolas, nomeadamente aquisição de manuais escolares para o próximo ano letivo, despesas com educação especial, aquisição de routers para aquisição de dados de alunos nas escolas e dois investimentos no Ensino Superior - na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, um edifício Científico e Tecnológico e o Instituto Superior Técnico, que vai construir o Centro de Inteligência Artificial e Economia Digital.
"São despesas que têm de ser concretizadas agora", notou.
No âmbito da agenda anticorrupção foi também aprovado um anteprojeto de lei, a submeter a discussão pública, que aprofunda o mecanismo da perda clássica e alargada de bens, incluindo após os crimes prescreverem ou os arguidos morrerem.
Leitão Amaro confirmou ainda três dias de luto nacional pela morte do Papa Francisco, "figura marcante, mundial, do nosso tempo", tal como já tinha anunciado o primeiro-ministro, Luís Montenegro.
O luto nacional pela morte do Papa Francisco será cumprido de 24 a 26 de abril, dia do funeral, onde marcarão presença, em nome do Estado português, o Presidente da República, o presidente da Assembleia da República e o primeiro-ministro.
O período de luto vai coincidir com as celebrações do 25 de Abril, mas a sessão solene na Assembleia da República será mantida. Para o presidente do parlamento, José Pedro Aguiar-Branco, a sessão respeita o legado do Papa Francisco na defesa do pluralismo democrático.
O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, de AVC, após 12 anos de pontificado.
Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.
A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer. O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.
[Notícia atualizada às 15h42]
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