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"Acho que um salário de 4.800 euros não permite grandes coisas"

Numa entrevista concedida à Rádio Renascença, o antigo bastonário da Ordem dos Advogados Marinho e Pinto, considera que o salário dos governantes portugueses, incluindo os dos deputados é baixo. O eurodeputado eleito, que rejeitou continuar em Bruxelas, alegando que o salário pago era ?obsceno? diz que enquanto bastonário ganhava 4.800 euros líquidos, quantia que, diz, ?não permite grandes coisas?.

"Acho que um salário de 4.800 euros não permite grandes coisas"
Notícias ao Minuto

16:45 - 16/09/14 por Notícias Ao Minuto

País Marinho e Pinto

“O salário dos deputados portugueses deve ser objeto de uma discussão. Mas devem ganhar o suficiente. Em Portugal ganham pouco [3.515 euros brutos]”, referiu Marinho e Pinto, eurodeputado que abdicou do cargo e que planeia concorrer, com um partido próprio, ao Parlamento Português.

Sobre este tema considerou o antigo bastonário da Ordem dos Advogados que a remuneração paga aos políticos não é “digna”, considerando ainda que “os órgãos de soberania em Portugal são mal remunerados, a começar no Presidente da República e a acabar nos juízes”, razão pela qual considera que “muitos políticos encontram formas, por vezes ilícitas, de suprirem essa deficiência”.

Quanto ao montante que auferia enquanto bastonário, Marinho e Pinto considerou que “para quem vivia em Lisboa, sim [é um salário digno]. Acho que não permite grandes coisas. Não permite ter padrões de vida muito elevados em Lisboa, fora de casa, quando se deixa de exercer a profissão”, referiu o eurodeputado.

Ainda sobre o “divórcio” com o Movimento Partido da Terra, Marinho e Pinto disse não querer “revelar publicamente as causas de uma separação”, porém referiu que as divergências que levaram a este afastamento não foram ideológicas, “foram metodológicas. Um partido deve estar ao serviço do povo e do interesse nacional e não dos seus dirigentes”, atirou.

Sobre a orientação política do partido que planeia fundar, Marinho e Pinto diz não estar preocupado com “a geometria política tradicional”, até porque esta “está, completamente, subvertida” e acrescenta: “O que é de esquerda ou de direita não faz qualquer sentido em Portugal. Vemos na esquerda atitudes que são de direita e observamos na direita posições que são mais próximas até da esquerda”.

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