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Câmara de Lisboa conclui que não há ilegalidades nas obras de Montenegro

Carlos Moedas já tinha dito que Montenegro cumpriu obrigações quanto às obras em Lisboa.

Câmara de Lisboa conclui que não há ilegalidades nas obras de Montenegro

© Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
18/03/2025 08:04 ‧ há 6 meses por Notícias ao Minuto com Lusa

A Câmara Municipal de Lisboa concluiu que não há qualquer ilegalidade nas obras de junção de dois apartamentos da família do primeiro-ministro, Luís Montenegro (PSD), avançou a SIC Notícias, que teve acesso a um relatório da autarquia. 

 

A vistoria, que foi realizada na segunda-feira, determinou que as obras não prejudicaram a estrutura do prédio, tendo contribuído, aliás, para um reforço.

Entre as alterações efetuadas estão demolições, reorganização de espaços e criação de uma escada que faz a ligação entre os dois apartamentos.

Ontem, recorde-se, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, tinha assegurado que a autarquia tinha cumprido com as obrigações legais quanto às obras e que Montenegro "também fez o que tinha a fazer".

Moedas diz que Montenegro cumpriu obrigações quanto a obras em Lisboa

Moedas diz que Montenegro cumpriu obrigações quanto a obras em Lisboa

O presidente da Câmara de Lisboa assegurou hoje que a autarquia cumpriu com as obrigações legais quanto às obras de junção de dois apartamentos da família do primeiro-ministro, Luís Montenegro (PSD), que "também fez o que tinha a fazer".

Lusa | 12:42 - 17/03/2025

"O primeiro-ministro de Portugal é tratado como outro cidadão lisboeta. A câmara fez aquilo que tinha a fazer. O cidadão, neste caso, primeiro-ministro, também fez o que tinha a fazer e, portanto, não tenho aqui nada a acrescentar", afirmou o autarca, à margem da inauguração da Creche do Monsanto, na freguesia de Benfica.

Em causa está o processo das obras de junção de dois apartamentos da família do primeiro-ministro, na Travessa do Possolo, na freguesia lisboeta da Estrela, sobre o qual os vereadores do PS e do BE na Câmara de Lisboa solicitaram, em 7 de março, informações quanto à alegada isenção de controlo prévio a esta empreitada apesar de se considerar uma alteração estrutural.

As obras do 'duplex' em Lisboa juntam-se às questões em torno do primeiro-ministro, em particular sobre a empresa Spinumviva, em que o Ministério Público abriu uma averiguação preventiva. No contexto de dúvidas sobre a atuação de Luís Montenegro, o Parlamento rejeitou uma moção de confiança apresentada pelo executivo de PSD/CDS-PP (sem maioria absoluta), o que determinou a queda do Governo e, posteriormente, a convocação de eleições legislativas antecipadas para 18 de maio, por decisão do Presidente da República.

Já na quinta-feira, Carlos Moedas tinha recusado um eventual tratamento diferenciado da autarquia à família de Luís Montenegro e assegurou que trata "todos por igual".

No entanto, na sexta-feira, o jornal Correio da Manhã noticiou que a Câmara de Lisboa terá impedido a Polícia Municipal de fazer uma vistoria às obras do 'duplex' da família do primeiro-ministro.

Sobre esta questão, o presidente da câmara disse na segunda-feira que está "muito descansado, muito tranquilo", porque a autarquia "tem sempre uma atuação que trata todos por igual".

No pedido de informação sobre as obras do 'duplex' da família de Montenegro, o vereador do PS Pedro Anastácio requereu "esclarecimentos" e "cópias de toda a documentação" referente à "comunicação, licenciamento, fiscalização, vistoria e alterações" ao título de propriedade horizontal "relacionadas com as obras em execução na Travessa do Possolo".

No requerimento, a que a Lusa teve acesso, o socialista justifica que o "município de Lisboa tem o dever de clarificar suspeitas cuja consequência não serve para mais do que manchar as instituições" e "deve comunicar com clareza e rigor, suportando-se na lei e nas análises técnicas que os seus serviços elaboram, ao invés de se mover por interesses político-partidários".

A este propósito, o autarca do PS citou uma notícia da TVI/CNN sobre "a realização de obras no número 28 da Travessa do Possolo, nomeadamente através da junção de duas frações autónomas, unidas pela base, com o intuito de fazer um 'duplex'", imputando à autarquia que "as obras em questão não carecem de licença por serem obras interiores".

Também a vereadora do BE, Beatriz Gomes Dias, questionou se a câmara "recebeu alguma comunicação posterior à inicial esclarecendo que as obras envolviam alteração estrutural", por que motivo a empreitada foi "enquadrada como isenta de controlo prévio" e se a autarquia "pretende abrir alguma investigação para avaliar se houve omissão de informações relevantes neste processo".

Leia Também: Inauguração da Creche do Monsanto enaltece trabalho "acima da política"

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