O ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, falou pela primeira vez, esta quarta-feira, aos jornalistas sobre a queda do Governo.
Para o governante, 80 dias era suficiente para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) analisar a "microempresa" da família de Luís Montenegro e o Executivo não podia deixar que esta durasse "toda a vida".
"O Governo tinha uma solução que permitia não ir para eleições – e o país não quer eleições – quer era haver CPI. A proposta do Governo permitia que durante 80 dias houvesse CPI, ou seja, deita por terra as teses de quem dizia que o Governo e o primeiro-ministro estavam a tentar fugir à CPI. Não, nós propusemos que houvesse CPI só que não podia durar toda a vida. 80 dias para analisar uma microempresa não é tempo mais do que suficiente?", atirou, recusando a ideia de que isso seria condicionar os deputados.
"Condicionar apenas de forma a que o país não estivesse todo o ano concentrado numa CPI em vez de estar concentrado no país", refutou, garantindo que "o primeiro-ministro quis mostrar tudo, não tem nada a esconder, por isso, aceitou a CPI".
Recorde-se que o chumbo da moção de confiança ao Governo pela Assembleia da República deixou o Executivo em gestão.
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