Governo açoriano manifesta pesar pela morte de Monsenhor Weber Machado

O presidente do Governo dos Açores manifestou profundo pesar pela morte, hoje, de Monsenhor Weber Machado, aos 93 anos, "um homem cuja vida foi pautada pelo compromisso com a fé, a fraternidade, a educação e a solidariedade".

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© Facebook/ José Manuel Bolieiro

Lusa
16/02/2025 22:20 ‧ 16/02/2025 por Lusa

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Weber Machado

"Para além do seu contributo na área académica e religiosa, Monsenhor Weber Machado destacou-se pela sua incansável dedicação à ação social, sendo um dos principais rostos da Cáritas de São Miguel. A sua missão era clara: ajudar os mais necessitados, ser a voz dos pobres e dos marginalizados, colocando em prática os princípios fundamentais da caridade cristã e da fraternidade entre os homens", afirma José Manuel Bolieiro.

 

Numa nota de pesar enviada às redações, o chefe do executivo açoriano sublinha que o sacerdote "foi também uma voz ativa na defesa dos direitos humanos e sociais, tendo enfrentado a censura antes do 25 de Abril de 1974 e, posteriormente, usado a liberdade conquistada para continuar a sua missão com coragem e convicção".

"A sua vida, marcada por um profundo amor ao próximo e pela defesa intransigente da dignidade humana, é um exemplo inspirador para todos. A sua obra e o seu legado serão perpetuados na memória coletiva da nossa região e servirão de inspiração para que, no nosso dia-a-dia, possamos construir um mundo melhor, mais justo e solidário", salienta José Manuel Bolieiro.

Na nota, o presidente do Governo açoriano expressa ainda sentidas condolências à família, aos amigos, à comunidade religiosa e "a todos aqueles que tiveram o privilégio de conhecer e conviver com Monsenhor Weber Machado".

Segundo informação disponibilizada pela Diocese de Angra, o padre Weber Machado Pereira, natural da Freguesia de Água Retorta, na ilha de São Miguel, morreu hoje, aos 93 anos de idade e 66 de sacerdócio.

Estudou no Seminário Episcopal de Angra, tendo sido ordenado em 29 de junho de 1958, em São João de Latrão, em Roma, e nomeado Monsenhor em janeiro de 2006.

Licenciou-se em Teologia Sistemática na Pontifícia Universidade Gregoriana.

Mais tarde, em 1964, licenciou-se em Matemática na Universidade de Lisboa. Foi professor do Seminário Episcopal de Angra, na ilha Terceira, e do Seminário Colégio Santo Cristo em Ponta Delgada, em São Miguel.

Após deixar a docência dedicou-se ao serviço da Caritas de São Miguel, "da qual foi o rosto mais visível, tendo-se empenhado na sua organização e correspondendo aos mais gritantes apoios dos pobres da ilha de São Miguel", refere o sítio na internet da Diocese de Angra.

O bispo de Angra, Armando Esteves Domingues, sublinhou que o sentimento da Igreja açoriana diante da morte do sacerdote é "de uma profunda perda" de um homem "que envergou as vestes das bem-aventuranças".

Armando Esteves Domingues lembrou, numa nota divulgada pela Diocese de Angra, o percurso do sacerdote na Cáritas, mas sobretudo "na rua, quase um homem de rua com os sem abrigo, os sem pão, os sem roupa, que investiu tempo, bens e saber para a promoção destes últimos".

"É uma sensação de perda, de perda muito grande e por isso só posso pedir a sua intercessão, agora que parte para a vida eterna, que nos incuta este amor preferencial, que não deixe que a Igreja não olhe e se disperse por outras coisas secundárias e desvie o olhar o pobre, do irmão", afirmou o bispo de Angra que endereçou "à família e aos amigos, e sobretudo àqueles que com ele colaboraram nesta luta", as condolências em nome pessoal e em nome da diocese.

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