Em comunicado enviado à Lusa a direção da APED afirmou que a decisão de suspender os protestos iniciados quarta-feira foi tomada após uma reunião realizada um dia depois com a Associação Concelhia das Feiras Novas (ACFN), elementos da autarquia e da PSP.
"A decisão não deixa satisfeita a APED nem os empresários. Contudo, a ACFN reconheceu prejuízos e concordou executar descontos no preço dos espaços (...), comprometeu-se a requerer junto do executivo municipal a alteração de regulamento para 2015", lê-se no documento.
Na sequência desse encontro, a APED decidiu "aconselhar os empresários de diversões a prestar serviços nas Feiras Novas", que decorrem entre 10 e 15 deste mês.
No comunicado, o presidente Luís Fernandes adiantou ainda que, durante as festas daquele concelho, os empresários de diversões irão "recolher assinaturas numa petição para que no próximo ano as datas de funcionamento dos divertimentos sejam distintas".
Na origem dos protestos agora suspensos está a duração da animação com que foram confrontados, este ano, cerca de 30 empresários do setor.
Na quarta-feira, dia em que tiveram início os protestos inicialmente previstos para durar 11 dias, o responsável explicou que até 2011 era permitido o funcionamento das diversões durante cerca de um mês, a partir de 15 de agosto e até ao final das Feiras Novas.
Este ano, os empresários foram informados que "apenas podiam montar os divertimentos a partir do dia 08 de setembro e até à conclusão das festas".
Questionado pelos jornalistas sobre a justificação que lhes deu a autarquia para aquela redução, Luís Fernandes afirmou: "era para não colidir com a realização da feira que se realiza no município".
Contudo, para o presidente APED poderá resultar de "represálias" pelas manifestações que a associação realizou naquele concelho em 2011.
Nesse ano, a APED, que representa 160 empresas, promoveu oito dias de manifestações naquela vila contra a alegada "falta de transparência" na adjudicação dos espaços para os divertimentos nas Feiras Novas.