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Tiago Campos tinha álcool e canábis no sangue, diz relatório

As famílias das vítimas da trágica noite no Meco acusaram o procurador que dirigiu a investigação de ter omitido informação relevante. Em causa está um relatório do Instituto de Medicina Legal, colocado em apenso, que admite que uma das vítimas podia estar com a capacidade de reação intelectual e motora afetada, apurou a TVI.

Tiago Campos tinha álcool e canábis no sangue, diz relatório
Notícias ao Minuto

22:59 - 02/09/14 por Notícias Ao Minuto

País Meco

Uma investigação da TVI revela que um relatório do Instituto de Medicina Legal realizado a Tiago Campos foi omitido às famílias das vítimas do Meco, o que poderá ter prejudicado o caso. As famílias queixam-se do procurador que conduziu a investigação. O relatório mostra os resultados dos exames toxicológicos de Tiago Campos, a quem foi detetado o consumo de cannabis e álcool.

“É de admitir um certo grau de perturbação de coordenação motora, das funções cognitivas e afetivas, com interferência na capacidade intelectual e de decisão da vítima mormente em sede de avaliação de risco para a sua integridade física ou vida, tendo em conta a hipotética situação de aproximação à linha de água na praia do Meco na noite de 15 de dezembro de 2013”, lê-se no relatório.

O advogado das famílias das vítimas, Vítor Parente, reagiu e afirmou: “Isso vem precisamente colocar às claras como é que os jovens estavam, claramente com a capacidade de reação diminuída, por causa de uma série de circunstâncias decorrentes da praxe. Eles não estavam com as capacidades diminuídas porque lhes apeteceu, estavam assim porque vinham de quase 24 horas seguidas de atividades praxistas. Isso foi omitido, estranhamente, mas mais estranho é que essa informação foi colocada em apenso, ou seja, houve o cuidado de deixar alguma informação fora dos volumes principais”.

A TVI teve ainda acesso a um documento que contém todas as mensagens enviadas e recebidas por Andreia Revez e pode-se ler: “Tive que cancelar a atividade. Aconteceu uma cena muito grave. Uma pastrana desmaiou, até ligámos para o 112”. Ainda durante a noite fatídica, várias foram as mensagens de Andreia para descrever o que estava a acontecer. “Já estou bêbada”, “isto está péssimo migo”, “estou tão mal”.

O advogado das famílias garante que não teve acesso a nenhum destes documentos e que alguns elementos revelantes para o caso foram omitidos.

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