Num comunicado, a Plataforma "Aeroporto Fora Lisboa Melhora" considerou que a assinatura, na quarta-feira, de um contrato para o início de obras no Aeroporto Humberto Delgado (AHD), em Lisboa, para a construção imediata de 10 novas mangas e novas saídas rápidas para a melhoria operacional do AHD e facilidade de movimentação dos passageiros, "são o primeiro passo para a extensão da Portela e para o anunciado aumento do número de movimentações por hora para 45, em vez de se tratar de diminuir as atuais 38 movimentações".
"A Plataforma vê avançar o reforço da capacidade do AHD em obras que irão durar vários anos, sem ser dado qualquer passo para a construção do futuro aeroporto Luís de Camões", realçou.
O grupo de cidadãos criticou ainda a falta de uma avaliação de impacto ambiental para as obras "relativamente ao ruído e aos poluentes atmosféricos, dadas as alterações previstas para a zona sul do AHD".
"Os milhões de euros que a ANA/Vinci e o Estado Português irão receber com o reforço do AHD, serão obtidos à custa da degradação das condições de vida e da saúde de uma maioria que vive, vem estudar ou trabalha em Lisboa e arredores. Uma discriminação e exploração inaceitável num Estado de direito democrático", salientou.
No comunicado, a Plataforma contra o Aeroporto em Lisboa voltou a defender que os voos noturnos "têm que ser eliminados e os limites indicados pela Organização Mundial de Saúde para o ruído produzido por movimentações de aeronaves, de 45 dB L_den no período diurno e de 40 dB L_night no período noturno, devem ser cumpridos", porque a "sua ultrapassagem tem consequências graves para a saúde das populações expostas".
O contrato para a realização de obras no Aeroporto de Lisboa foi assinado na quarta-feira pela Vinci, ANA e um consórcio liderado pela Mota-Engil.
O investimento, no valor de 233 milhões de euros, prevê a construção de 10 pontos de embarque e a reformulação de todo o edifício do 'busgate' sul, ficando a realização da obra a cargo de um consórcio liderado pela Mota-Engil.
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